A pintura é a poesia muda e a poesia,
a pintura que fala
Simónides de Ceos -556 a.C. – 448 a.C. - Poeta Grego
Próximo
de completar 5 anos, o Mirtu's Blog sofreu várias modificações desde quando surgiu
da intenção de publicar os escritos do poeta Nótlim Jucks e da vontade de compartilhar
as ideias de Milton Junior. Nestes 5 anos a roda da vida girou, muita coisa
aconteceu, muita gente chegou, muita gente partiu e a busca persistiu, a busca pelo
sonho, através dos medos e em direção a maior busca, o Amor – o fenômeno
insondável que subtitula este Blog.
Hoje
posso dizer que encontrei o Amor, encontrei-o em vários lugares, em várias
pessoas, de diferentes formas – encontrei o amor da minha mãe, o amor do meu
pai, o amor do meu mestre, o amor dos meus amigos, o amor do meu cachorro, o amor
Universal ensinado pelo Mestre dos Mestres e o amor sublime da minha alma,
minha linda Bia, minha latina Helbia.
Há
20 anos quando li o Alquimista, de
Paulo Coelho, eu era pouco mais que um menino e pouco menos que um homem, e neste
intervalo pré adulto eu não tinha o discernimento necessário para entendê-lo,
mas se o tivesse entendido naquela época, talvez eu tivesse amado menos e
talvez eu tivesse vivido menos e talvez eu fosse menos, mas compreendo hoje o que
o mago tentou me ensinar há tempos.
O
Alquimista é notável por ser uma
história de amor que renuncia a ideia de que o amor romântico deve ser a coisa
central da vida de uma pessoa. Cada pessoa tem um destino a seguir que existe
independente das outras pessoas. É a coisa que você faria, ou seria mesmo se
tivesse todo o amor e dinheiro que deseja. O tesouro que o protagonista – Santiago
– busca no livro, é naturalmente, o símbolo do sonho pessoal ou destino, mas
ele fica feliz em desistir do tesouro quando encontra a mulher dos seus sonhos em
um oásis no deserto. No entanto, o alquimista que ele conhece no deserto diz
que o amor da mulher que ele tem no oásis só será real se ela estiver disposta
a apoiá-lo em sua busca.
O
dilema de Santiago reside no conflito entre o amor e os sonhos pessoais. Muitas
vezes vemos uma relação amorosa como o sentido da nossa vida, mas a obsessão pelo
romance pode nos privar de uma vida mais conectada com o resto do mundo. Mas não
é verdade que o coração tem necessidades? Viva a vida ao redor do sonho, diz
Paulo Coelho, e haverá mais "coração" nela do que você pode
compreender neste momento:
"...
nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos, porque cada
momento de busca é um momento de encontro com Deus e com a eternidade."
O
amor romântico é importante, mas não é o nosso dever – nosso dever é o de sair
em busca de nosso sonho. Somente por meio da devoção ao sonho é que a "alma
do mundo" nos é revelada; o conhecimento que destrói a solidão e dá poder.
Então,
desde que Einstein me revelou a teoria do sucesso irrestrito - S=c.p², tenho me
dedicado a busca pelo sonho e agradeço a Deus pela companheira que encontrei no
oásis da vida e tem me apoiado nesta busca.
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A viagem pelo sonho |
Hoje,
é o retorno do Mirtu's Blog, mais um entre os diversos fins que já pairaram
sobre essa morada; mas assim como os antigos mitos renascem, espero ter forças
para continuar... sendo assim, nada melhor que o poema original de Nótlim Jucks
para reabrir os trabalhos, pois a busca continua:
Viagem pelos Sonhos
poesia de Nótlim Jucks
poesia de Nótlim Jucks
Viajei pelos sonhos em um devaneio cintilante.
Cintilante como o brilho do orvalho na rosa.
Da rosa vermelha, da rosa dos ventos;
ventos que me levam pelos sonhos;
sonhos de um devaneio.
Devaneios de amor.
Devaneios de criança.
Devaneios do amor dos sonhos de uma criança.
Viajei pelos sonhos em um devaneio cintilante.
Não tão cintilante como antes, pois o antes;
o antes se foi, e o agora começou.
Começou e tudo mudou;
mudou os sonhos de um devaneio.
Devaneios de glória.
Devaneios de riqueza.
Devaneios da glória das riquezas de um homem.
Viajei pelos sonhos em um devaneio cintilante.
Devaneio que se perdeu pelo caminho;
caminho há muito traçado;
traçados pelas glórias e riquezas de um homem;
um homem sem os sonhos de um devaneio.
Devaneios perdidos.
Devaneios de um retorno.
Devaneios de retornar ao momento em que tudo mudou
e a criança o devaneio perdeu.
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