sábado, 12 de junho de 2010

Não querer, querer.

Hoje é dia dos namorados e o Mirtu's Blog faz uma publicação romântica. Hoje se você tiver um encontro casual, que ele seja carregado de paixão momentânea; aquela paixão que arde, entusiasma e alucina. Que não deve ter peso na razão, nem no coração. Que têm como único objetivo, provar que em você, há vida.

Se hoje você tiver um encontro determinado, que ele seja mais sério que os demais, mas não sério demais. Um encontro em que você se permita alguns gracejos finos e alguns olhares que incitem desejo. Que seja regado a um bom vinho, com o cuidado de que ele seja um dos instrumentos da paixão prolongada; que ajude a acender a chama, não a trazer sono. Pois esta paixão é como uma lareira bem montada; deve ter a chama pequenina atiçada, para que de repente, num fogaréu a madeira estale e por toda noite o calor se espalhe. Permanecendo assim até que chegue a manhã e finde então num suspiro leve...

... celebrando o dia da paixão, o poeta Nótlim Jucks me enviou um poema que se refere a este sentimento estonteante:


Não querer, querer.

Ela diz "Eu não posso";
mas seus olhos imploram.
Ela diz "Eu tenho que ir";
mas seus braços me apertam.

Tudo nela me diz o que ela não permite.
Ela quer ficar, passar a noite e me amar.
Ela chora como se houvesse alguma culpa
que devesse ser lavada com lágrimas.

Então eu decido!

Seguro o corpo dela junto ao meu
e ela já não mais resiste como antes.
Quando sorrio de leve e a olho nos olhos
ela finalmente me abraça.

Seus lábios se movem
querendo dizer algo que já sabemos,
então aqueles belos lábios encontram os meus
e por incontáveis minutos permanecem unidos.

Ela sussurra ao pé do meu ouvido
"Eu não posso".
Eu sorrio e respondo que ela pode,
ela pode ter tudo que ela quiser.

Sinto como se o mundo fosse laçado
em um abraço aconchegado,
ela se aninha no meu peito
e já não tem mais que ir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário