segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Em transformação

O Mirtu's Blog está encerrando suas atividades em 2009, com um desejo de voltar em 2010 com muitas novidades, histórias para contar e poemas para encantar. Estamos planejando uma série de contos a serem publicados aqui, com intuito de alegrar, emocionar e transmitir algumas mensagens. Para isso estamos trabalhando para trazer novos poetas, novos contadores de histórias e fantasistas.

Em 2010 vamos tentar manter três séries regulares, duas semanais e uma quinzenal: "As aventuras de Nótlim Jucks", "Os amores de Jim Russovi" e "Os ensinamentos do mestre Issa". É um desafio para o Blog e para seu redator, visto que este estará envolvido em atividades acadêmicas, mas vamos nos esforçar. Para os que acham estranho, a pluralidade pessoal dos verbos, quando me referencio a nós, é relacionado a mim, ao poeta Nótlim Jucks e agora ao novo colaborador do Blog, meu mestre, o venerável Issa.

Então para encerrar o ano com chave de ouro, o Mirtu's Blog deixa uma pequena indicação para vocês; se puderem, assistam 'Avatar' de James Cameron. O filme em si é um emaranhado de clichês, mas não se prenda a isso, o filme é um deslumbre visual com uma mensagem subliminar (ou nem tão escondida assim). Publicamos aqui a carta do Chefe Seattle, escrita em nome dos índios da América do norte, ao presidente dos EUA – para dar um clima aos que pretendem ir ao cinema.

A todos, que em 2010 a vida lhes presenteie com gratas surpresas e lhes tornem pessoas cada vez mais prósperas e felizes. Esse é o nosso desejo para vocês!

Palavras do Chefe Seattle - 1852

O presidente em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra. Mas como pode comprar ou vender, o céu, a terra? Essa idéia é estranha para nós. Cada parte dessa terra é sagrada para meu povo. Cada agulha de pinheiro brilhante, cada grão de areia da praia, cada névoa na floresta escura, cada característica é sagrada na memória e na experiência do meu povo. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores são nossas irmãs. O urso, o veado, a grande águia são nossos irmãos. Cada reflexo na água cristalina dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz do pai do meu pai. Os rios são nossos irmãos. Eles levam as nossas canoas e alimentam os nossos filhos. Se lhes vendermos nossa terra, lembrem-se de que o ar é precioso para nós e compartilha seu espírito com as formas de vida que sustenta. O vento que deu ao nosso avô o seu primeiro alento recebe também, o seu último suspiro. Sabemos que a terra não pertence ao homem. O homem pertence à terra. Todas as coisas são interligadas, como o sangue que nos une. O homem não tece a teia da vida. Ele é apenas um fio dela. O que fizer à teia fará a si mesmo. O destino de vocês é um mistério para nós. O que vai acontecer quando todos os búfalos forem sacrificados? O que vai acontecer quando os recantos secretos da floresta estiverem passados com o odor de inúmeros homens e a vista das colinas verdejantes se macular com os fios que falam? Será o fim da vida e o começo da sobrevivência. Quando o último pele-vermelha sumir com a natureza selvagem e sua lembrança for só a sombra de uma nuvem sobre a planície, essas praias e florestas ainda estarão aqui? Terá sobrado algum espírito do meu povo? Amamos a terra como o recém-nascido ama as batidas do coração da mãe. Se vendermos nossa terra, amem-na como nós a amamos, cuidem dela como nós cuidamos, preservem na mente a lembrança da terra, tal como ela estiver quando a receberem. Preservem a terra para as crianças e amem-na como Deus nos ama. Sabemos que só existe um Deus. Nenhum homem, vermelho ou branco pode viver isolado. No final das contas, somos todos irmãos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É tempo de glória

Este ano foram encilhados 10 cavalos dos mais qualificados do mundo na pista do hipódromo. Havia dentre eles, pelo menos um Brumby, um cavalo de Przewalski, um Mustang, um Tarpan, um Árabe, um Espanhol, um Puro-Sangue e outros selvagens. Dentre os selvagens havia um de uma linhagem notável, porém não qualificado para o turfe, pois se tratava de um cavalo de uma linhagem de cavalos de guerra, que descendiam desde o garanhão Bucéfalo, passando pela mitológica égua Llamrei até chegar a Redmill, que foi encilhado junto aos 10.

Redmill apesar de não ser um cavalo de corrida, se esforçou ao máximo para vencer o grande prêmio, mas não obteve sucesso, terminando a corrida em último lugar. Apesar do péssimo resultado de Redmill a corrida foi um sucesso, os cavalos se valorizaram chegando quintuplicar de valor, com exceção do cavalo de guerra que chegou em último lugar.

Ao que agendaram nova corrida, Redmill se tornou o azarão que daria um lucro de 15 vezes o valor apostado, se alguém tivesse coragem de apostar em um cavalo lento.

Mais uma vez a corrida foi brilhante, os reluzentes cavalos passaram como raios pelas tribunas e Redmill quase os acompanhou em um extremo de vontade, mas seu peso e músculos o impediram de equiparar a velocidade dos demais e assim chegou mais uma vez em último lugar.

Ao final da corrida, quem passasse pelos estábulos notaria um animal, como posso dizer, contrariado. Mesmo sendo um animal, era nítida a frustração de Redmill ao final de mais uma corrida. Foi quando chegou um cavalheiro muito elegante para conversar com o dono de Remill, que apenas gesticulava e parecia irritado com o lindo cavalo. Ao final da conversa os dois homens se cumprimentaram e o mais elegante saiu puxando Redmill.

Quando o homem passou por mim com o cavalo, lhe perguntei: "Redmill não vai mais correr?" – e o homem abrindo um enorme sorriso me respondeu:

_ Redmill é um garanhão de guerra, sua linhagem é a mais notável do mundo. Por uma ignorância de seu ex-dono, ou apenas por uma má interpretação das qualidades do animal, ele achava que Redmill podia correr como os outros. O que desvalorizou nosso amigo aqui – disse alisando a crina do espetacular cavalo – permitindo que eu fizesse uma oferta para comprá-lo.
_ Mas o que será dele agora? – eu quis saber, devido ao encantamento que aquele animal produzia em mim.
_ Eu o levarei para minha fazenda, onde ele servirá como reprodutor, afinal não existem mais guerras em que estes notáveis cavalos precisem estar.
_ Mas se ele não serve pra correr, porque vai servir para reproduzir? – perguntei intrigado.
_ Redmill não é veloz, é potente e aguerrido, e minha égua Birrobek é uma formidável velocista Puro-Sangue de linhagem tão antiga quanto à de Redmill. Imagine o potro que nascerá desses dois! – concluiu sua explicação me olhando nos olhos de forma que eu pudesse entender o que ele estava querendo me dizer e partiu com o maravilhoso cavalo.

Bom, optei por narrar brevemente a história de Redmill como início do post de hoje, pois conversando com meu amigo Nótlim Jucks ele fez uma análise de si mesmo no ano de 2009, que considerei no mínimo peculiar.

Eu lhe perguntei outro dia: "Jucks, como foi esse ano para você?" e o poeta me respondeu "Começou bem, mas na virada para o segundo semestre as coisas desandaram um pouco e chego ao fim do ano me sentindo um cavalo azarão." – como não entendi o que ele quis dizer com "cavalo azarão" lhe inquiri:
_ Como assim?
_ Sabe, olhando meu ano e imaginando que eu fosse um cavalo. Se eu estivesse encilhado num hipódromo com outros 10 cavalos, eu não apostaria em mim. Estou me sentido sem valor, um azarão. – e ao dizer isso, fez uma cara de frustração.

No momento eu não soube o que dizer para meu valoroso amigo, mas hoje deixo a história de um fabuloso cavalo, que também foi azarão por um tempo, mas que num dia de frustração foi olhado com os olhos do pequeno príncipe e teve suas qualidades reconhecidas.

Um grande abraço Jucks! Abaixo publico mais um de seus poemas e que em 2010 continuemos amigos e parceiros nesta estrada. Beijo no teu coração.

É tempo de glória

Às vezes procuro algum motivo para continuar.
Então desço toda noite para contemplar
e ver se alguma estrela mudou de lugar.
Mas a noite às vezes está nublada
e não consigo ver se há algum brilho lá.
Ainda assim em meu coração eu sei que há,
isso já basta para me alegrar.

O mundo tem mudado diariamente
e eu tenho deixado meus sonhos passarem.
Acho que é chegado o momento de mudar.
O futuro é um espelho do que eu posso ser
apenas fazendo o meu melhor hoje.
Então é hora de mudar minhas chances
e voltar acreditar que há um caminho.

Pegue minha mão e sinta a magia desta noite.
Há um ar de esperança neste momento.
Onde quer que seja eu sinto que chegou o tempo
de darmos a nós mesmo uma chance.
Caminhe comigo por estas ruas.
Desprenda-se de velhas lembranças,
deixe o passado onde ele deve estar.

Se você quiser aproveitar esta chance
te acompanharei onde quer que seja,
pois ainda somos livres como o vento.
Pegue toda paixão que há em seu coração
e sinta o bem que você pode fazer,
apenas acreditando em seus sonhos
e caminhando por novos caminhos.

Eu te prometeria mais do que glória,
mas eu só posso te dar a verdade,
então acredite quando digo que é você
quem faz seu próprio futuro.
As estrelas ainda estarão lá brilhando,
mesmo depois que você partir,
então torne-se eterno para alguém.

Somente no coração das pessoas
reside as coisas mais importantes da vida.
Não há outro lugar onde procurar,
não existe glória maior do que ser
importante para alguém que você ama.
Quando você sentir seu coração nublar,
lembre-se que o amor nunca abandona o lar.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cada dia é um milagre

O Mago conseguiu de novo. Ele me surpreendeu mais uma vez com sua simplicidade completa. Com uma única idéia ele conseguiu abrir meu coração e colocar uma semente germinante lá dentro. Bem que meu mestre havia me avisado para não desafiar pessoas como o Mago, mas ainda sou apenas um aprendiz.

No momento estou tentando não perder meu estágio de "químico de almas", mas meu mestre me disse que se eu não conseguir voltar logo a ter a alma feliz, volto ao estágio de "chumbo". Parece clichê, mas ter a alma feliz é seguir como em música: É a arte de sorrir, cada vez que o mundo diz "não".

Hoje desejo tomar plena consciência da Vida e ver cada dia como um milagre, pois é isso que é; por isso vou publicar um poema essencialmente feliz.

Assim sendo, vamos conhecer...

Como tudo aconteceu

O amor se formou em seu coração,
como o sereno se forma nas noites tranqüilas e calmas;
e as pequenas gotas de sentimentos encontraram seu coração,
como uma gota de orvalho encontra uma pétala de flor.

As histórias e lendas se tornaram reais,
as estrelas brilharam cada vez mais,
e até a chuva caiu lentamente sem querer molhar.
Pois um sonho naquele dia se tornou real

Ele desceu a rua cantarolando uma música
e a claridade da lua brilhou em cada gota de chuva.
Elas se converteram em pequeninas fontes de luz,
e transformaram cada poça d'água num espelho de seu amor.

Infalivelmente houveram lágrimas que caíram,
mas a maioria delas foram em momentos felizes.
Houveram também inúmeras ocasiões de atrito,
mas muitas destas apenas o puseram em movimento.

Aconteceu tudo mais ou menos assim.
E com ajuda do tempo que não conhece um fim,
ele pôde sonhar com sonhos que não se sonham mais,
e pôde amar como muita gente não é mais capaz.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Perturbação dos sentidos

Navegante, dou-lhe boas-vindas. Você acaba de atracar no Mirtu's Blog, o cais do menino-pirata perdido; aqui você olhará nos olhos de um vilão dos sete mares e maior conquistador de territórios do mundo, cujo nome é temido e respeitado em todos os idiomas conhecidos, esse arrebatador de sonhos é designado pelo nome: Amor.

Segundo os cálculos do poeta Nótlim Jucks (poeta sabe calcular?) o Amor já eclodiu mais guerras do que qualquer outro conquistador, já causou mais dor do que qualquer arma conhecida e ainda assim esse famigerado vilão permanece livre. Em defesa do Amor, o confuso poeta – sem calcular muito – relatou que tudo que existe só se tornou possível, devido ao Amor, assim a balança da justiça pende favorável ao vilão.

Agora, fora a alegoria sobre o amor, para aqueles que já vivenciaram a confusão causada por este sentimento, segue um trecho de uma carta escrita por Nótlim Jucks, mas que nunca chegou a sua destinatária: "... Eu te amo, e em muitos momentos, eu te odeio. E o mais estranho, é saber que por mais que te odeie, isso é amor. Eu odeio quando você fica de cara fechada, odeio não sentir alegria em sua voz, odeio seu silêncio e odeio odiar você por alguma coisa. Odeio sentir que você está indo e me odeio por saber que estou deixando você ir."

Bom, eu tive a oportunidade de ler a carta do trecho acima, na integra, mas garanto a vocês que é tão, ou mais confusa que a passagem que optei publicar aqui. Só que considerei um fator intrigante na confusão e quis saber por que nosso amigo poeta relatou estar deixando sua amada partir, sem ao menos tentar uma reaproximação, uma reconquista. E ele me deu a seguinte explicação: "Nós não devemos pedir para uma pessoa gostar de nós. Não devemos pedir para essa pessoa ser nossa amiga, ou para nos amar. Ao fazermos isso nos tornamos mendigos. Mendigando sentimentos. Uma pessoa deve ser nossa amiga pelo que somos e nos amar pelo que somos e não porque pedimos. Quando estabelecemos uma relação com uma pessoa, quer seja de amizade, quer seja mais íntima, nós estamos dando algo de nós para essa pessoa e ela está dando algo de si para nós. Então se você ama alguma pessoa, deixa-a em liberdade, não tente interferir em suas escolhas. Se ela decidir partir é porque tem suas razões, se ela decidir voltar, também terá suas razões. O que nos esquecemos às vezes é que sempre estamos sujeitos aos resultados de nossas escolhas, e estes definem nosso direito de ir e vir quando queremos."

Tenho que admitir que às vezes as explicações do poeta me deixam mais confuso, do que se tivesse ficado na dúvida.

Antes de publicar o poema de hoje, gostaria de deixar para vocês a indicação de um filme formidável: "Minha Amada Imortal" – O filme conta a história do testamento de Ludwig Van Beethoven, no qual o compositor deixou sua herança para Anna Marie. Este fato causou estranheza em todos na época, pois estes imaginavam que Beethoven considerava Anna Marie uma desafeta, mas o testamento confidenciava algo que ninguém sabia. Vale à pena conferir. Agora vamos deixar as coisas um pouco mais confusas; segue o poema de hoje:

Não Vá

Por favor, não vá agora
que estou me sentindo a salvo.
Segure minhas mãos e me mostre
que ainda existe amor no mundo.
Acredite em mim quando digo
que estar com você é especial.
Por favor, não vá agora
que estou tão perto do paraíso.
Por favor, não vá agora,
eu vou pensar em uma maneira
de fazer as coisas certas.
Tenho te procurado tanto,
por tanto tempo,
que sinto sua falta só em pensar.
Estou tentando encontrar um lugar,
onde meu coração possa repousar
e em seus braços eu tenho encontrado
mais do que eu poderia imaginar.
Por favor, não vá agora,
eu lhe prometo não mentir
e se você quiser eu me ajoelho.
Aos seus pés eu me ajoelho para pedir.
Às vezes me sinto tão cego,
não querendo ver certas coisas,
mas por favor, não vá agora.
Por favor, não vá agora
que estou tão perto do céu.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sonhos de hoje

O poema "Sonhos de hoje" é para mim um grito de protesto que ecoa um estado de coisas, que pondera e extrapola, tranquiliza e agride. Mas conversando com Nótlim Jucks ele resumiu o poema em uma palavra, "paradoxo". Ele me explicou que o poema em si é uma interpretação individual, mas que possuí em seu cerne, algo que é contrário ao comum e simplesmente aceito.

Em sua explicação sentimental, Jucks comparou o poema a um grão de areia dentro de um sapato, algo pequeno, mas que elimina o conforto, algo que causa uma fagulha de contrariedade, que não é ruim em suma, mas precisa ser sentido para gerar uma transformação.


Vamos a ele então:


Sonhos de hoje

Existem homens que tem tomado vidas,
como se elas estivessem em oferta e tivessem um preço.
E nós, nós somos vitimas destes novos tempos,
que colocam valores irreais em nossas mentes,
quando tudo que deveríamos era acreditar em nós.

Mas tenho esperança de aprender antes do fim
e entender como mudar primeiro em mim.
Para então ter a certeza de poder começar,
não deixando que tudo acabe simplesmente,
como se fossemos covardes demais para sonhar.

O medo é uma mentira que vêm sendo contada,
para que a dor nunca diga adeus.
E a dor só existe do lado errados que estamos.
Por isso vamos por o pé nestas águas
e cruzar este rio que nos têm maltratado.

Vamos nadar esta noite, lavando nossas almas,
deixando para trás tudo que não faz sentido pensar.
Começando de novo sem medo de errar,
pois errar faz parte do que nos torna tudo
aquilo que devemos viver e acreditar.

Eu vou fazer, vou ao menos tentar.
Vou lavar meus pecados em um novo batismo,
e reviver através destas águas que têm me maltratado.
E também vou esperar por você,
para acabarmos com todas estas mentiras que eles têm contado.

Tenho esperança de aprender antes do fim
e entender como mudar primeiro em mim.
Eles não vão conseguir pagar o meu preço,
não vão fazer de mim o que eles acreditam,
pois eu sou muito mais do que tudo que eles imaginam.

sábado, 5 de dezembro de 2009

A menina dos sonhos

Olá, estive ausente uns dias, pois estava comemorando e celebrando a amizade, afinal de contas é uma época do ano em que as festas agregam as pessoas e servem para nos lembrar que ainda existem muitas coisas para serem exaltadas, como por exemplo, algumas gargalhadas com aquelas pessoas com quem trabalhamos o ano todo e muitas vezes até discutimos, mas que são importantes em nossas vidas pelo tempo que passamos juntos.

Hoje é o aniversário de uma amiga muito especial, que sempre que possível se lembra deste humilde redator e tem um carinho especial por nosso poeta e amigo, Nótlim Jucks; então como não podia deixar de ser, vou publicar um poema enviado por nosso autor exclusivo, em celebração a esta data.

Sendo assim:


A menina dos sonhos.

Havia uma garota que visitava meus sonhos.
Ela possuía fartos cabelos compridos,
uma pele delicada e um rosto suave.
Em meus sonhos ela tocava piano pra mim,
e cantava baixinho quase um carinho.
Às vezes ela vinha com um chapéu de flores
me presentear com seu sorriso brilhante,
ela era uma menina frágil de atitude forte,
que possuía um sorriso fácil e um coração generoso.
Eu sempre admirei aquela menina
que teimava me visitar durante a noite,
o brilho daqueles olhos determinados,
a força residente em seu interior,
sua gana de saber provar que era possível.
Há tempos ela deixou de me visitar a noite
e se ausentou dos meus sonhos,
mas eu jamais direi que nunca mais sonhei
com aquela menina que cantava enquanto eu dormia.
E ainda hoje, quando ouço uma música há muito tocada,
me lembro que em algum lugar existe alguém especial.
Eu me lembro do rosto daquela menina
e tenho certeza que o tempo não apaga coisas boas;
elas mudam, se transformam, mas sempre são.
Por isso, todos os anos comemoramos
a realização de sonhos, a vivência do somos.
E no dia de hoje eu só posso agradecer
a garota que visitava meus sonhos
e os tornavam mais belos do que os dias acordados.
Parabéns pra você.