O Mirtu's Blog está encerrando suas atividades em 2009, com um desejo de voltar em 2010 com muitas novidades, histórias para contar e poemas para encantar. Estamos planejando uma série de contos a serem publicados aqui, com intuito de alegrar, emocionar e transmitir algumas mensagens. Para isso estamos trabalhando para trazer novos poetas, novos contadores de histórias e fantasistas.
Em 2010 vamos tentar manter três séries regulares, duas semanais e uma quinzenal: "As aventuras de Nótlim Jucks", "Os amores de Jim Russovi" e "Os ensinamentos do mestre Issa". É um desafio para o Blog e para seu redator, visto que este estará envolvido em atividades acadêmicas, mas vamos nos esforçar. Para os que acham estranho, a pluralidade pessoal dos verbos, quando me referencio a nós, é relacionado a mim, ao poeta Nótlim Jucks e agora ao novo colaborador do Blog, meu mestre, o venerável Issa.
Então para encerrar o ano com chave de ouro, o Mirtu's Blog deixa uma pequena indicação para vocês; se puderem, assistam 'Avatar' de James Cameron. O filme em si é um emaranhado de clichês, mas não se prenda a isso, o filme é um deslumbre visual com uma mensagem subliminar (ou nem tão escondida assim). Publicamos aqui a carta do Chefe Seattle, escrita em nome dos índios da América do norte, ao presidente dos EUA – para dar um clima aos que pretendem ir ao cinema.
A todos, que em 2010 a vida lhes presenteie com gratas surpresas e lhes tornem pessoas cada vez mais prósperas e felizes. Esse é o nosso desejo para vocês!
Palavras do Chefe Seattle - 1852
O presidente em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra. Mas como pode comprar ou vender, o céu, a terra? Essa idéia é estranha para nós. Cada parte dessa terra é sagrada para meu povo. Cada agulha de pinheiro brilhante, cada grão de areia da praia, cada névoa na floresta escura, cada característica é sagrada na memória e na experiência do meu povo. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores são nossas irmãs. O urso, o veado, a grande águia são nossos irmãos. Cada reflexo na água cristalina dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz do pai do meu pai. Os rios são nossos irmãos. Eles levam as nossas canoas e alimentam os nossos filhos. Se lhes vendermos nossa terra, lembrem-se de que o ar é precioso para nós e compartilha seu espírito com as formas de vida que sustenta. O vento que deu ao nosso avô o seu primeiro alento recebe também, o seu último suspiro. Sabemos que a terra não pertence ao homem. O homem pertence à terra. Todas as coisas são interligadas, como o sangue que nos une. O homem não tece a teia da vida. Ele é apenas um fio dela. O que fizer à teia fará a si mesmo. O destino de vocês é um mistério para nós. O que vai acontecer quando todos os búfalos forem sacrificados? O que vai acontecer quando os recantos secretos da floresta estiverem passados com o odor de inúmeros homens e a vista das colinas verdejantes se macular com os fios que falam? Será o fim da vida e o começo da sobrevivência. Quando o último pele-vermelha sumir com a natureza selvagem e sua lembrança for só a sombra de uma nuvem sobre a planície, essas praias e florestas ainda estarão aqui? Terá sobrado algum espírito do meu povo? Amamos a terra como o recém-nascido ama as batidas do coração da mãe. Se vendermos nossa terra, amem-na como nós a amamos, cuidem dela como nós cuidamos, preservem na mente a lembrança da terra, tal como ela estiver quando a receberem. Preservem a terra para as crianças e amem-na como Deus nos ama. Sabemos que só existe um Deus. Nenhum homem, vermelho ou branco pode viver isolado. No final das contas, somos todos irmãos.
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