segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sonhos de hoje

O poema "Sonhos de hoje" é para mim um grito de protesto que ecoa um estado de coisas, que pondera e extrapola, tranquiliza e agride. Mas conversando com Nótlim Jucks ele resumiu o poema em uma palavra, "paradoxo". Ele me explicou que o poema em si é uma interpretação individual, mas que possuí em seu cerne, algo que é contrário ao comum e simplesmente aceito.

Em sua explicação sentimental, Jucks comparou o poema a um grão de areia dentro de um sapato, algo pequeno, mas que elimina o conforto, algo que causa uma fagulha de contrariedade, que não é ruim em suma, mas precisa ser sentido para gerar uma transformação.


Vamos a ele então:


Sonhos de hoje

Existem homens que tem tomado vidas,
como se elas estivessem em oferta e tivessem um preço.
E nós, nós somos vitimas destes novos tempos,
que colocam valores irreais em nossas mentes,
quando tudo que deveríamos era acreditar em nós.

Mas tenho esperança de aprender antes do fim
e entender como mudar primeiro em mim.
Para então ter a certeza de poder começar,
não deixando que tudo acabe simplesmente,
como se fossemos covardes demais para sonhar.

O medo é uma mentira que vêm sendo contada,
para que a dor nunca diga adeus.
E a dor só existe do lado errados que estamos.
Por isso vamos por o pé nestas águas
e cruzar este rio que nos têm maltratado.

Vamos nadar esta noite, lavando nossas almas,
deixando para trás tudo que não faz sentido pensar.
Começando de novo sem medo de errar,
pois errar faz parte do que nos torna tudo
aquilo que devemos viver e acreditar.

Eu vou fazer, vou ao menos tentar.
Vou lavar meus pecados em um novo batismo,
e reviver através destas águas que têm me maltratado.
E também vou esperar por você,
para acabarmos com todas estas mentiras que eles têm contado.

Tenho esperança de aprender antes do fim
e entender como mudar primeiro em mim.
Eles não vão conseguir pagar o meu preço,
não vão fazer de mim o que eles acreditam,
pois eu sou muito mais do que tudo que eles imaginam.

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