Navegante, dou-lhe boas-vindas. Você acaba de atracar no Mirtu's Blog, o cais do menino-pirata perdido; aqui você olhará nos olhos de um vilão dos sete mares e maior conquistador de territórios do mundo, cujo nome é temido e respeitado em todos os idiomas conhecidos, esse arrebatador de sonhos é designado pelo nome: Amor.
Segundo os cálculos do poeta Nótlim Jucks (poeta sabe calcular?) o Amor já eclodiu mais guerras do que qualquer outro conquistador, já causou mais dor do que qualquer arma conhecida e ainda assim esse famigerado vilão permanece livre. Em defesa do Amor, o confuso poeta – sem calcular muito – relatou que tudo que existe só se tornou possível, devido ao Amor, assim a balança da justiça pende favorável ao vilão.
Agora, fora a alegoria sobre o amor, para aqueles que já vivenciaram a confusão causada por este sentimento, segue um trecho de uma carta escrita por Nótlim Jucks, mas que nunca chegou a sua destinatária: "... Eu te amo, e em muitos momentos, eu te odeio. E o mais estranho, é saber que por mais que te odeie, isso é amor. Eu odeio quando você fica de cara fechada, odeio não sentir alegria em sua voz, odeio seu silêncio e odeio odiar você por alguma coisa. Odeio sentir que você está indo e me odeio por saber que estou deixando você ir."
Bom, eu tive a oportunidade de ler a carta do trecho acima, na integra, mas garanto a vocês que é tão, ou mais confusa que a passagem que optei publicar aqui. Só que considerei um fator intrigante na confusão e quis saber por que nosso amigo poeta relatou estar deixando sua amada partir, sem ao menos tentar uma reaproximação, uma reconquista. E ele me deu a seguinte explicação: "Nós não devemos pedir para uma pessoa gostar de nós. Não devemos pedir para essa pessoa ser nossa amiga, ou para nos amar. Ao fazermos isso nos tornamos mendigos. Mendigando sentimentos. Uma pessoa deve ser nossa amiga pelo que somos e nos amar pelo que somos e não porque pedimos. Quando estabelecemos uma relação com uma pessoa, quer seja de amizade, quer seja mais íntima, nós estamos dando algo de nós para essa pessoa e ela está dando algo de si para nós. Então se você ama alguma pessoa, deixa-a em liberdade, não tente interferir em suas escolhas. Se ela decidir partir é porque tem suas razões, se ela decidir voltar, também terá suas razões. O que nos esquecemos às vezes é que sempre estamos sujeitos aos resultados de nossas escolhas, e estes definem nosso direito de ir e vir quando queremos."
Tenho que admitir que às vezes as explicações do poeta me deixam mais confuso, do que se tivesse ficado na dúvida.
Antes de publicar o poema de hoje, gostaria de deixar para vocês a indicação de um filme formidável: "Minha Amada Imortal" – O filme conta a história do testamento de Ludwig Van Beethoven, no qual o compositor deixou sua herança para Anna Marie. Este fato causou estranheza em todos na época, pois estes imaginavam que Beethoven considerava Anna Marie uma desafeta, mas o testamento confidenciava algo que ninguém sabia. Vale à pena conferir. Agora vamos deixar as coisas um pouco mais confusas; segue o poema de hoje:
Não Vá
Por favor, não vá agora
que estou me sentindo a salvo.
Segure minhas mãos e me mostre
que ainda existe amor no mundo.
Acredite em mim quando digo
que estar com você é especial.
Por favor, não vá agora
que estou tão perto do paraíso.
Por favor, não vá agora,
eu vou pensar em uma maneira
de fazer as coisas certas.
Tenho te procurado tanto,
por tanto tempo,
que sinto sua falta só em pensar.
Estou tentando encontrar um lugar,
onde meu coração possa repousar
e em seus braços eu tenho encontrado
mais do que eu poderia imaginar.
Por favor, não vá agora,
eu lhe prometo não mentir
e se você quiser eu me ajoelho.
Aos seus pés eu me ajoelho para pedir.
Às vezes me sinto tão cego,
não querendo ver certas coisas,
mas por favor, não vá agora.
Por favor, não vá agora
que estou tão perto do céu.
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