domingo, 23 de janeiro de 2011

Imaginação

Quantas árvores!
Quantas flores!

O mundo existe!
Mas quem garante?

Aqui são árvores,
lá são flores.

Aqui são homens,
lá seus amores. 

A gente existe!
Mas quem garante?

Podemos ser apenas...
apenas ... apenas ...

Frutos de uma imaginação.
(Imaginação - poesia de Nótlim Jucks)


Segundo Napoleon Hill existem duas formas de imaginação:

A imaginação sintética – que consiste na organização e reunião de idéias reconhecidas, conceitos e fatos arranjados em uma nova combinação. Isso, pois, muito raramente alguém tem uma idéia ou cria qualquer outra coisa absolutamente nova. Praticamente tudo que é conhecido na civilização, nada mais é do que uma recombinação de algo que existe de alguma forma há muito tempo.

A imaginação criativa – nasce da intuição, servindo como o meio exclusivo através do qual, basicamente, todas as novas idéias ou fatos são originados.

"Inovar é muito mais descobrir novas maneiras de realizar as coisas, do que criar novas coisas de alguma maneira."

Em seu livro "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", Sthepen R. Covey condensa algumas atitudes que se aplicadas no cotidiano, tendem a levar as pessoas a se tornarem eficazes. Mas o que é ser eficaz?

Plenitude, é buscar o que há de melhor em si mesmo; eficácia, é usar o melhor de si mesmo da melhor maneira possível.

O que Covey aborda em seu livro - como diaria  Napoleon Hill - não é uma idéia absolutamente nova, mas sua eficácia reside na maneira como ele combina os conceitos e os apresenta de forma a concretizar uma tese sobre a excelência das pessoas; pessoas que fazem as coisas de uma determinada maneira, ou  praticam determinado hábito cotidiano que as leva ao sucesso.

Agora, um resumo dos "Hábitos da Eficácia":

Proatividade
Proatividade
Ser proativo é mais do que ter iniciativa. É aceitar a responsabilidade por nosso próprio comportamento (passado, presente e futuro) e fazer escolhas baseadas em princípios e valores, e não em humores ou circunstâncias. As pessoas proativas são agentes de mudança e optam por não serem vítimas, nem reativas ou viver culpando os outros. Elas realizam isso desenvolvendo e utilizando os quatro singulares dons humanos — autoconsciência, consciência, imaginação e vontade independente —, e obtêm uma abordagem "de dentro para fora", realizando mudanças. Elas decidem ser a força criativa de suas próprias vidas, a decisão mais fundamental que alguém pode tomar.

Definição de Propósito 
Definição de Propósito
Todas as coisas são criadas duas vezes — primeiro mentalmente, depois fisicamente. Pessoas, famílias, equipes e empresas moldam seu próprio futuro ao criar uma visão e um propósito mentais para qualquer projeto. Eles não vivem apenas o dia-a-dia, sem um propósito claro em mente. Após identificá-los mentalmente, comprometem-se com os princípios, valores, relacionamentos e propósitos que mais lhes interessam. Uma missão é a forma mais ampla de elaboração mental para uma pessoa, uma família ou uma empresa. Trata-se de uma decisão primordial, pois governa todas as outras decisões. Gerar uma cultura por trás de uma missão, de uma visão e de valores compartilhados é a essência da liderança.

Prioridades
Prioridades
Considerar primeiro o mais importante é a "segunda parte", ou a criação física. É organizar e executar a criação mental (seu propósito, visão, valores e as prioridades mais importantes). As coisas secundárias não vêm em primeiro lugar. O mais importante não vem em segundo lugar. As pessoas e as empresas devem se focar naquilo que é mais importante, seja isso urgente ou não. A coisa mais importante é considerar a coisa mais importante como sendo a mais importante.

Benefício Mútuo
Benefício Mútuo
A estratégia ganha/ganha é uma moldura da mente e do coração que procura o benefício mútuo e que se baseia no respeito mútuo em todas as interações. Significa pensar em termos de abundância — uma "torta" que sempre se expande e é suficiente para todos, uma cornucópia de oportunidades, de saúde e de recursos — em vez da escassez e competição adversária. Não é pensar egoisticamente (ganha/perde) ou como mártir (perde/ganha). Em nosso trabalho e na vida familiar, as pessoas pensam interdependentemente — em termos de "nós", e não "eu". Pensar ganha/ganha encoraja a resolução de conflitos e ajuda as pessoas a procurar soluções de benefício mútuo. É compartilhar informação, poder, reconhecimento e recompensas.

Procurar Primeiro Compreender, Depois Ser Compreendido
Procurar Primeiro Compreender, Depois Ser Compreendido
Quando ouvimos com a intenção de compreender os outros, em vez de manter a intenção de apenas responder, iniciamos a verdadeira comunicação e a construção de um relacionamento. Quando os outros se sentem primeiro compreendidos, sentem-se firmes e valorizados, abaixam as defesas, e as oportunidades de falar mais abertamente e de ser compreendido surgem muito mais fácil e naturalmente. Procurar compreender requer gentileza; procurar ser compreendido requer coragem. A eficácia reside no equilíbrio entre essas duas coisas.

Sinergia
Sinergia
A sinergia diz respeito à criação de uma terceira alternativa — não a minha maneira, nem a sua, mas uma terceira maneira que seja melhor do que aquela sugerida individualmente. É o fruto do respeito mútuo — da compreensão e até da valorização das diferenças individuais na resolução de problemas, na geração de oportunidades. Equipes e famílias sinergéticas prosperam a partir das forças individuais, de modo que o todo se torna maior do que a soma das partes. Essas relações e equipes renunciam ao antagonismo defensivo (1 + 1 = 1 1/2) ou à mera cooperação (1 + 1 = 2). Eles buscam a cooperação criativa (1 + 1 = 3 ou mais).

Depuração
Depuração
Depuração se refere à renovação constante das quatro áreas básicas da vida: física, social/emocional, mental e espiritual. É o hábito que aumenta nossa capacidade de viver todos os outros hábitos da eficácia. Em uma empresa, a depuração promove visão, renovação e aprimoramento contínuo, evita o risco de falência e de entropia e coloca a organização em um novo caminho de crescimento. Em uma família, aumenta a eficácia por meio de regulares exercícios pessoais e familiares, tal como o de estabelecer tradições que norteiem o espírito de renovação familiar.

"Inovar é muito mais descobrir novas maneiras de realizar as coisas, do que criar novas coisas de alguma maneira."
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Potencialidade na Morte

A invenção, devo modestamente admiti-lo, 
não consiste em criar disciplinadamente, 
mas sim em criar a partir do caos. 
Mary Shelley

Transformação (Ilustração de Ma Deva Padma)
Olá amigos. O mestre Issa tem me deixado aturdido com o "Projeto Plenitude", pois ele tem absoluta certeza que quando eu terminar este projeto, terei conseguido chegar a plenitude de mim mesmo. E tenho que reconhecer que não tem sido fácil, pois antes de publicar as interpretações aqui no blog o mestre tem exigido que eu faça uma reflexão a respeito do tema que ele me passa para redigir.

O tema que ele me deixou em nosso último encontro, foi: a morte – e apesar de eu o ter questionado sobre de que maneira refletir sobre a morte poderia me tornar melhor, ou, um ser humano mais pleno, ele assim me instigou a pensar:

"Quando você pensa sobre a morte, o que lhe vem em mente é apenas o fim da vida. Um momento, em suma, triste. Que se for pictorizado, é a visão de um dia chuvoso, com um grupo de pessoas chorando, todas vestindo negro e lamentando algo. Mas expandindo sua visão, você pode acolher o significado puro da morte, que é o fim natural das coisas, que nos traz a significância de que algo se esgotou de maneira inevitável – veja, de maneira inevitável; fora do seu controle –, que para Osho, essa inevitabilidade é a transformação daquilo que não pode mais ser – que se esgotou – na potencialidade, o tudo que pode ser. Sendo assim, a morte é mais do que simplesmente o fim, é o inicio da potencialidade de tudo, de tudo.

"Uma coisa interessante, é que aquilo que ocorre de maneira inevitável, pode ser praticado no processo de melhoria pessoal; podemos, por exemplo, matar a imagem que fazemos das outras pessoas. Permitindo assim o direito que cada um tem de se reinventar diariamente, eliminando estigmas e idéias pré-concebidas, realizando nosso ato de integração Universal, colhendo o melhor de cada um. Viver isso, é expandir o potencial do ser humano. Quando alguém diz que investe em potencial humano, se em primeiro lugar não investir no aculturamento da 'morte' de conceitos prévios, não há como alcançar a potencialidade, não há como alcançar tudo que o ser humano pode ser."

Bom, acho que ainda tenho muito a pensar.

Mas, hoje abri a publicação com uma frase de Mary Shelley, pois ela traz duas particularidades concisas, a inventividade e o caos (e porque a autora escreveu um romance sobre vida e morte). E nessa última semana me vi em meio ao caos dos meus pensamentos (longe de querer parecer prejudicado, diante do caos que tem ocorrido pelo Brasil – muito devido a nossa displicência no trato com o mundo) e da tecnologia, pois minha internet esteve 'morta' esses dias – paráfrase horrível :S – então neste período de ausência tecnológica (noturna – durante o dia me enfastio de tanto usar a dita cuja) eis que houve certa ociosidade criativa, que me permitiu revisitar "Frívolo", meu livro inacabado (alguns diriam "eternamente inacabado", mas eu sempre vejo a luz no fim do túnel) e encontrar seu pré prefacio =) que está assim escrito:

"Certa vez houve um homem de nome Nathan Niel Aureos Kon, cuja genialidade poderia ser comparada nos dias de hoje a de Nikola Tesla. Um homem que em seu tempo, concebeu maquinas maravilhosas que revolucionaram as vidas das pessoas. Mas, foi também uma dessas maravilhosas maquinas que desafortunadamente ceifou a vida da pessoa que Nathan mais amava.

"Desde o fatídico acontecimento, os sentimentos se tornaram coisas sem valor para Nathan, então sua genialidade o levou a criar uma maquina que seria sua maldição definitiva, ele criou uma maquina para remover os próprios sentimentos, num ato de autoflagelação; com intuito de expurgar seus pecados; mas ele não sabia quão terrivel seria o resultado – quando ele se negou a sentir, ele se negou a ser... assim, Nathan Niel Aureos Kon se tornou Frívolo, o homem sem alma."

Finalizo a publicação de hoje com o pequeno trecho de algo que ei de terminar e com um poema de Nótlim Jucks, sobre algo inevitável, pois sempre que converso com Jucks e acabamos falando alguma coisa relacionada a morte – e desta vez por causa do tema que o mestre Issa me propôs refletir – nos lembramos de nossa amiga Nínive, a Nininha, que faleceu em 2009 e ainda nos traz muito pesar. Mas, mesmo assim...

... se permita, se permita sentir, aprenda com cada sentimento, sinta com plenitude; viva com intensidade. Como diria um conhecido meu: "... vá a luta com determinação, abrace a vida e viva com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida, a vida é MUITO para ser insignificante. Viva! Não passe pela vida."

Rosas Azuis
(poesia de Nótlim Jucks)

Sentado aqui sob nossa árvore,
ainda consigo ver o céu.

As nuvens brancas ainda estão lá,
com as mesmas formas
que minha mente quiser dar.

Movendo-se e escondendo o sol,
movendo-se e mostrando a lua.

Aquelas palavras ainda estão aqui,
as mesmas que um dia escrevemos.
Ainda estão gravadas na árvore.

"Para todo o sempre,
pelo tempo que isso for."

Eu esperaria você voltar algum dia,
se fosse possível eu juro que ficaria,
nem que fosse preciso esperar outra vida.

Outra vida não bastaria,
para me devolver o tempo longe de você.

Eu lhe daria uma rosa azul
se elas ainda brotassem
e não fossem de papel.

E de papel parece feito meu coração
depois que Deus te levou para junto Dele. 

domingo, 9 de janeiro de 2011

Plenitude de Princípios

Sei Agora o seguinte. Todo homem da a sua vida pelo que ele acredita. Toda mulher da a sua vida pelo que ela acredita. Há pessoas que acreditam em pouco ou em nada e, ainda assim, dão suas vidas por estes poucos ou nada. Tudo o que temos é nossa vida, e a vivemos como acreditamos que devamos vive-la, e então ela se vai. Mas renunciar ao que se é e viver sem acreditar em nada é mais terrivel do que morrer - mais terrivél até do que morrer jovem.
Joana D'Arc

Como você está? Espero que bem! É um prazer e uma felicidade receber sua visita em nossa humilde casa. Reiniciamos hoje nossa jornada de atividades no Mirtu's Blog e decidimos fazê-la da maneira mais positiva que conseguirmos.

Para 2011, eu e o mestre Issa traçamos um projeto especial a ser apresentado aqui no blog, durante os próximos 6 meses, o chamamos de "Plenitude - A arte de ser tudo o que se pode ser"; cujo objetivo é apresentar uma compilação de interpretações sobre o ser humano e como este pode usufruir de todo seu potencial. 

Além do "Projeto Plenitude", continuaremos trazendo os contos e poesias de Nótlim Jucks, bem como, todo tipo de publicação que possua em si algo relevante.

Agora, abrindo o "Projeto Plenitude" apresentamos uma interpretação do mestre Issa (redigida por Milton Junior - seu aprendiz) sobre:

Plenitude de Princípios

Durante nossa vida, desde os nossos primeiros momentos até o fim de nossa existência, agregamos atributos que vão formar nossa personalidade, nosso caráter e tudo que somos. Esses atributos podem ser definidos como sendo nossos princípios. Aquilo que aprendemos com nossos pais, a instrução proveniente da família e do meio em que estamos inseridos, a educação que temos acesso, as crenças que muitas vezes nos são passadas ou adquirimos ao longo do tempo, etc.
Princípios Universais
O que nos torna indivíduos, ou seja, o que nos dá nossa individualidade consciente perante a sociedade, é o que fazemos com esses atributos.

Desde os primórdios o Homem tem se preocupado em tentar delinear estes princípios, atribuindo-lhes características que buscam defini-los dentro de um contexto: moral, ético, doutrinal, etc. Em verdade, é uma busca por traçar limites para o ser humano; para que dentro destes limites este possa viver harmoniosamente com seus semelhantes. Porém, acaba acontecendo de estes "princípios morais, éticos, ou doutrinais" se tornarem imposições regimentarias, que tolhem a liberdade do ser humano de ser tudo que pode ser.

A maioria das pessoas encontra grande dificuldade de vislumbrar com facilidade quais os princípios que regem suas ações diárias, isso acontece, pois dificilmente param para pensar a respeito; vivem suas convicções, crenças e opiniões, quase sempre no automático, dentro de limites impostos, ou de um condicionamento inconsciente. 

Para vivermos em plenitude, devemos de vez em quando, parar, tomar uma respiração acalmada e avaliar quais os princípios que tem nos movido.

O Mestre dos mestres disse: "Ama teu próximo como a ti mesmo. Não faça a Ele aquilo que não queres que Ele te faça." – Assim, a "Plenitude de Princípios" se dá através do amor. Pois o amor é equilíbrio, o amor é moderação, o amor é viver todos os seus princípios sem causar prejuízos aos seus semelhantes, é ser satisfeito com simplicidade, é ser sereno com paciência, é ser diligente com presteza, é ser generoso com largueza, é ser humilde com respeito, é ser pleno em si mesmo e integral com o Universo.

Hoje, tome 10 minutos para refletir sobre os princípios que tem permeado as suas ações diárias e se necessário, mude algum princípio que você tem carregado há muito tempo.

Fique com Deus.