terça-feira, 23 de março de 2010

Seduzir com doçura

Ovídio (43 a.C. – 17 d.C.) talvez fique atrás de Juan de Cárcamo, Giacomo Girolamo Casanova e Donatien Alphonse François de Sade, em fama e cronologia, mas sem dúvida alguma, destes, foi o que mais entendeu o "Amor", sejam vistas suas obras "A Arte de amar" e "Remédios para o Amor", verdadeiros manuais para amantes em strictu sensu.

Publius Ovidius Naso nasceu em 43 antes de Cristo em Sulmona, pequena cidade das Abruzzas. Estudou em Roma e em seguida viajou à Grécia, ritual para os jovens da época. Casou-se três vezes, e foi, por razões desconhecidas, exilado por Augusto na Romênia, onde ficou entregue à solidão e ao desespero, até morrer, no ano 17 da nossa era. Desconfia-se, hoje, que Augusto tenha afastado o poeta pela sua "A Arte de amar", julgada imoral pelos contemporâneos.

Nos seus escritos, numerosos e variados, ele fala sobretudo das mulheres, que conhece bem por tê-las amado muito, da sua galantaria, ciúme, estratégias. Acusado de indecência e vulgaridade, ele prova nos quinze livros das suas "Metamorfoses" a sua fineza de espírito e o seu rigor metódico.

Eis um ensinamento do mestre sedutor, em seu "A Arte de amar":

Seduzir com doçura

"É uma reta condescendência alguém ganhar sobretudo os corações: a rudeza engendra o ódio e as guerras cruéis. [...] A amiga deve sempre ouvir as palavras que deseja. Não foi uma ordem da lei que vos juntou na mesma cama; a vossa lei é o amor. Apresenta-te com ternas carícias e palavras que encantam os ouvidos, para que a tua amiga se alegre com a tua vinda."

Hoje Nótlim Jucks me enviou um poema que transborda "Amor", então decidi publicar uma mini-biografia de Ovídio, simplesmente para poder indicar suas obras "A Arte de amar" e "Remédios para o Amor", para todos aqueles que se interessam pelo tema; vale à pena.

Acho que é Amor

Por que gosto tanto de ti?

Já te dei meu amor,
entreguei meu coração;
apenas por um sorriso teu.

Queria entender,
mas não sei.

Por que significas tanto para mim?

Busquei lembranças
e sonhos que tive.
Mas só vejo os olhos teus.

Queria entender,
mas não sei.

Por que é tão difícil te ter?

Eu tentei,
fiz meu melhor papel;
encenei com todo amor.

Queria entender,
mas não sei.

Por que gosto tanto de ti?

Acho que é amor o que sinto.
Não como se diz,
mas é amor o que sinto.

domingo, 21 de março de 2010

Affezione di Jimeno

Já foi publicado aqui no Mirtu's Blog algo sobre cativar as pessoas, algo sobre encantar as pessoas e algumas outras atitudes que ao realizarmos, nos faz bem e espalha o bem. Hoje estamos chegando ao 3º episódio de "Os amores de Jim Russovi" – que apesar de não andar como programado, tem saído melhor do que eu pretendia – e neste pequeno conto, é retratada uma atitude, uma transmissão de sentimento, que muitas vezes, nos negamos a realizar, a sentir, então espero que depois de ler o episódio de hoje, você se sinta compelido a se permitir realizar, se permitir sentir, o bem que esta atitude causa.

Agora, vamos ao 3º episódio de "Os amores de Jim Russovi" - Affezione di Jimeno:

A vila em que Jimeno morava se chamava Villa Itália, pois fora fundada por seu avô Francesco Viaggio e outros imigrantes quando estes chegaram ao Brasil. Mas quando Jimeno nasceu a vila já havia se tornado praticamente uma comunidade das nações, pois em dado momento, lá passaram a viver também imigrantes franceses, poloneses, japoneses, portugueses, turcos, etc.

Era Outono de 1981 e a Villa Itália estava agitada, pois a bela Tayla estava preparando seu casamento, assim como a maravilhosa Anninka. Elas desejavam se casar no Outono, pois havia uma tradição que dizia que se assim procedessem, teriam um casamento favorável e possuiriam uma casa encantadora. Mas além das festas de casamento, havia um alvoroço maior ainda na casa 23, pois era aniversário de Jimeno e apesar de toda preocupação com suas próprias festas, Tayla e Anninka se uniram as outras mulheres da vila, para preparar a festa de aniversário do pequeno.

Havia tantas mulheres e crianças na casa, que dona Ana estava em polvorosa. Mireille carregava doces para um lado, salgados para outro e trombava com outras mulheres que preparavam iguarias típicas de suas descendências. O tumulto estava formado e não havia quem pudesse organizar aquela algazarra. Até que dona Ana olhou para barra se sua saía e seu 'anjo' não estava ali pendurado, o que fez com que a mulher desse um grito: "Jimeno! Cadê você Jime?" – então se fez silêncio no recinto, o pequeno Jime havia sumido.

Em questão de segundos todas as mulheres começaram a vasculhar os cômodos da casa, o jardim, entre as outras crianças, mas nada, Jimeno havia desaparecido. Foi quando Mireille teve um estalo e correu até a frente da casa, pois conhecia o 'esconderijo' de Jimeno – o cubículo do medidor de energia e água – em que Jimeno adorava se esconder. E lá estava ele, com sua ex-camisa branca e sua cara melecada de brigadeiro. Ao que viu sua princesa ele jogou o resto do brigadeiro no chão e pulou nos braços de Mireille, soltando uma deliciosa risada: "Mire, Mire, Mire, minha Mire!" – e ela apertou o menino junto ao corpo com uma felicidade indescritível: "Meu Jime!" – e assim foram para dentro da casa acalmar dona Ana.

No dia seguinte tudo estava pronto, a casa estava toda enfeitada com bexigas, papéis coloridos e muitas crianças – crianças sempre são enfeites de festas. Dona Ana estava satisfeitíssima com tudo e Mireille estava ao seu lado, deslumbrante como sempre. Anninka havia trazido suas irmãs menores e alguns sobrinhos, Tayla trouxera também uma sobrinha e haviam muitas outras crianças.

Como precisava ajudar dona Ana, Mireille pediu a jovem Bogdana, irmã de Anninka, que ficasse de olho em Jimeno, e isso pareceu simples para menina, até que ela percebeu que não era muito fácil 'ficar de olho' nele, pois no meio de tantas crianças, ele simplesmente desaparecia de sua vista e voltava aparecer quando queria.

Quem olhasse Jimeno naquele dia, diria que ele estava vestido de James Bond, mas dona Ana o chamava de: "Meu pequeno Dom Juan". Obviamente o casaquinho smoking já havia sido jogado em algum lugar que Bogdana não ia conseguir encontrar, mas mesmo assim o pequeno Jime estava elegante.

Numa certa hora da festa Bogdana foi buscar um refrigerante e se distanciou um pouco de Jimeno, foi o tempo necessário para ele abraçar uma menininha no fundo do quintal e ficar assim até que Bogdana voltasse. Ao tentar separá-los Bogdana reparou que nem Jimeno, nem a menina gostaram de sua atitude e ameaçaram chorar, então a jovem ofereceu-lhes brigadeiros, o que fez com que os dois se 'desabraçassem'. Quando ela voltou com os brigadeiros Jimeno não estava mais lá, apenas a pequena com as mãos estendidas. Ao olhar um pouco a sua esquerda Bogdana avistou Jimeno abraçado a outra menina e correu até lá, ao tentar separar os dois, estes ameaçaram chorar, então ela lhes ofereceu refrigerantes, o que fez com que os dois se 'desabraçassem'. Mas quando ela voltou com os copos que havia ido buscar, Jimeno havia sumido.

Desesperada e já chorando, pois não passava de uma menina, Bogdana correu até onde estava Mireille e contou-lhe o que havia acontecido, entre lágrimas: "Ele não para dona Mire, ele não para. Eu viro as costas ele some, eu o acho, ele foge, vou pegar refrigerante, ele agarra as meninas. Não consigo cuidar dele. Não consigo!" – e Mireille secando as lágrimas da menina, disse calmamente: "Não se preocupe Naninha, vou encontrar o Jime!".

Sem causar pânico na casa, Mireille procurou Jime e o encontrou rapidamente. Ele estava no quarto em que estavam seus presentes, e não estava sozinho, havia uma linda jovenzinha com ele. Os dois se abraçavam, trocavam presentes como se estivessem se conhecendo naquele momento e se abraçavam de novo, trocavam presentes e se abraçavam as gargalhadas. Mireille chamou dona Ana e as duas ficaram alguns minutos olhando os pequenos brincar de 'abraço'. Este momento rendeu uma foto, mas quando Jimeno percebeu que Mireille estava ali, ele correu até a porta e gritou: "Abraço é gostoso Mire, abraço é gostoso!" – e ela se abaixou para abraçar o pequeno.

Naquele dia Jimeno se encantara com simples gesto e sem sombra de dúvida estava disposto a trocar todos seus presentes por um abraço. E até o fim da festa ele abraçou todos seus convidados pelo menos duas vezes e todos sorriam quando aqueles pequenos braços lhes laçavam os pescoços.


E você, já abraçou alguém hoje?!

quarta-feira, 17 de março de 2010

A Sabedoria do Erudito

O Mirtu's Blog traz hoje uma publicação diferente; a qual fomos buscar 1.000 anos a.C. É um texto que ensina a buscar uma vida áurea, é quase uma receita, que deve ser expressa com o coração e sentida com a alma.

Já foi ensinada pelo Mestre dos mestres e por tantos outros: "Aquele que pede, recebe. Aquele que pede com humildade, recebe além do que pediu." – essa é a lei Universal pela qual o homem interage com o Criador; Deus conhece tudo que você precisa, mas Ele se satisfaz com um pedido humilde e amoroso, é a pratica do Amor. Deus é o Pai que dá sem que se precise pedir, é a Mãe que faz sem que se necessite solicitar, e é também O que se satisfaz com a satisfação do filho.

Então, descortinando os véus de um segredo revelado:

A Sabedoria do Erudito

Meditando estas coisas em mim mesmo e considerando, no coração, que a imortalidade se encontra na união com a Sabedoria; a alegria perfeita, em sua amizade; riqueza inesgotável, no trabalho de suas mãos; e que, nas relações assíduas com ela, se adquire a prudência e, na participação de suas palavras, a celebridade; eu ia por toda a parte, procurando os meios de conquistá-la para mim.

Fui criança bem dotada e recebera como quinhão, uma alma boa. Ou antes, como era bom vim a um corpo sem mancha.

Sabendo, porém, que só poderia obter a sabedoria se Deus me concedesse - e isto já era sinal de prudência: Saber de quem vinha o dom - voltei-me para o Senhor e o invoquei, dizendo-lhe de todo o coração:

"Deus dos Pais e Senhor de misericórdia, que por tua palavra tudo fizeste e por tua Sabedoria formaste o homem para dominar as criaturas que chamaste à existência!

"Tu, que me formaste para participar do mundo com santidade e justiça, e proceder com retidão de alma, dá-me a Sabedoria que partilha do teu trono, e não me exclua do número de teus filhos.

"Pois eu sou, servo e filho de tua serva, homem fraco e de vida breve, incapaz de compreender o julgamento e as leis.

"Por mais que alguém entre os filhos dos homens seja perfeito, seria considerado como nada, se lhe faltasse a Sabedoria que vem de ti.

"Foste tu que me instruíste a dizer estas coisas a teus filhos e filhas.

"Ordenaste-me construir um templo em meu coração, e um altar por onde eu caminhasse, cópia da tenda santa que preparaste desde o principio.

"Contigo está a Sabedoria que conhece tuas obras, e que estava presente quando fazias o mundo.

"Ela sabe o que é agradável a teus olhos e o que é conforme teus mandamentos.

"Envia-a dos santos céus e manda-a do teu trono glorioso, para que me acompanhe e participe de meus trabalhos e eu saiba o que te é agradável.

"Ela conhece e compreende tudo, e me guiará com prudência em meus empreendimentos e me protegerá com sua glória.

"Então minhas obras te serão agradáveis, farei parte de teu povo com honra e serei digno de tua linhagem.

"Pois qual é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus?

"Quem pode penetrar as intenções do Senhor?

"Os pensamentos dos mortais são hesitantes e precárias nossas reflexões.

"Um corpo corruptível torna pesada a alma; a tenda terrena oprime a mente cheia de cuidados.

"Mal podemos conhecer o que está na terra e com dificuldade encontramos o que temos nas mãos.

"Quem poderia conhecer tua vontade, se não lhe desses Sabedoria e se do alto não enviasse teu santo espírito?

"Assim foram endireitadas as veredas dos que estão na terra e os homens aprenderam o que te é agradável e pela Sabedoria foram salvos."


Deus gostou de tal pedido e lhe respondeu em sonho:

"Já que pediste estes dons e não pediste para ti longos anos de vida, nem riquezas, nem a vida de teus inimigos; mas pediste o discernimento para prestar ouvidos ao direito, eis que eu cumpro o teu pedido e te dou um coração tão sábio e prudente, como não houve nenhum outro antes de ti e nem haverá depois. Dou-te também o que não pediste, tanta riqueza e glória, em toda tua vida, como jamais houve entre os homens. Finalmente se andares nos meus caminhos, eu te darei uma longa vida."

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sobre encantar

Ao final da tarde hoje, liguei para o mestre Issa, contrariando-o um pouco, já que ele não gosta de falar ao telefone. Mas eu precisava conversar. Falei para ele de uma amiga, que irá passar por uma cirurgia e pedi que ele me ajudasse a ter uma atitude mental positiva, de forma que ela tivesse uma energia boa neste momento. Ele me perguntou um pouco sobre ela e conversamos, acredito que, mais do que o mestre gostaria, mas ainda assim ele foi muito solicito e vou tentar transcrever alguns trechos de nossa conversa, de forma que eu acredito que isso irá aumentar a aura positiva em torno deste momento para minha amiga.

Esta transcrição, irei considerar como o 2º episodio da série: "Os ensinamentos do mestre Issa" – já que está difícil conseguir que o mestre me entregue o que ele tem escrito (o que já é uma contradição a sua cultura oral) – mas isso tem se tornado divertido. Qualquer dia desses, conto um pouco da biografia do mestre Issa; ele me permitiu expor alguns de seus "segredos", bom, mas vamos seguindo aqui:

"Mestre, agora que falei para o senhor algumas coisas a respeito da minha amiga, o senhor é capaz de me ajudar, com minha intenção?" – e neste momento fiquei ouvindo minha própria respiração, por um longo tempo, até que...

"Filho, você está encantado! Um talento natural de pessoas como a sua amiga, é esse magnetismo pessoal que ela possuí, de atrair as pessoas; ela atraí amor, atraí admiração; e você está encantado com isso." – disse ele, ameaçando desligar o telefone.

"Mas mestre, isso não irá me ajudar a ter uma intenção positiva." – questionei-o, ouvindo-o bufar do outro lado da linha.

"Claro que vai! Quando somos cativados pelas pessoas, todas as nossas ações e emoções tendem a ser boas, essa é a magia da amizade, da paixão, do amor; tudo isso surge com um fator, o encantamento. É esse encantamento que nos faz desejar o bem-estar das pessoas; quase que de uma forma egoísta, pelo simples fato de que possamos continuar vivendo e revivendo este momento de encantamento. É uma coisa que faz bem para você que sente e para pessoa que transmite, mesmo que vocês não tenham noção disso, Deus já garantiu isso." – e mais uma vez, o mestre Issa finalizou a frase como se desejasse colocar o fone no gancho, mas não permiti:

"Mestre, entendi o fator 'encantamento', mas há algo mais que eu possa fazer, do que simplesmente ficar 'encantado'?" – e neste momento ouvi-o pigarrear do outro lado da linha:

"Se você tiver oportunidade, diga a ela para não exagerar com o trabalho. O trabalho foi feito por causa dela e não ela por causa do trabalho, mesmo que ela sinta que é parte dele, não deve abusar da busca dos pormenores e detalhes em tudo que faz. Como ela irá precisar de um tempo para se recuperar da cirurgia, talvez ajude na recuperação, se ela procurar diminuir um pouco seus impulsos pelo controle das situações, isso ameniza o stress e auxilia o organismo a se regenerar. Nós não podemos controlar tudo, às vezes o melhor é deixar a vida seguir seu curso um pouco e apreciar e desejar boas surpresas no caminho. Ela é uma amiga e companheira atenciosa, assim como é uma mãe preocupada, essas são áreas em que ela age de maneira séria, justa e verdadeira, então haja assim com ela, pois é o que ela espera. No mais, por ela ser desconfiadíssima e cautelosa quanto a tudo, tem ciúmes do que e de quem ama; se ela equilibrar isso com o encantamento que ela produz nas pessoas, manter-se-á sempre de bem com a vida e terá uma boa recuperação. Agora vou desligar e você não me convencerá a falar mais!". – e dizendo isso, mestre Issa bateu o telefone.

Lembrei que a conversa de hoje com o mestre Issa, foi apenas uma repetição de algo que ele já havia me dito em outra ocasião (e há até um 'post' de 19 de setembro de 2009, mais ou menos sobre isso), pois dias atrás um amigo me perguntou: "Milton, o que faz as pessoas terem afinidade com outras pessoas e desejar conhecer melhor estas outras pessoas. O que aproxima as pessoas, de forma que elas se tornam amigas e por vezes até mais que isso?".

E eu respondi: "Meu mestre me ensinou que o que gera afinidade e conduz para a amizade, para a paixão e para o amor, é o que ele chamou de fator de 'encantamento'. É sentir-se encantado por alguém e desejar encantar alguém.".

...
Este fim de semana espero conseguir publicar mais um episodio de "Os amores de Jim Russovi", estou planejando algo mais 'visual', vamos ver o que vai dar. Beijo no coração de todos vocês!

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Sorriso do Criador

Dia Internacional da Mulher. A verdade é que todo dia deveria ser dia internacional da mulher. Hoje elas sorriram mais, se produziram mais; elas se sentiram mais, por serem mais – e deveria ser assim todos os dias, pois o mundo neste dia foi mais belo, mais perfumado, mais encantador – e me lembro das palavras rabiscadas no caderno de notas do poeta Nótlim Jucks: "Nas palavras do mago eu pude entender a verdade que alguém invejoso ocultou; que a mulher é o sorriso do Criador, contente de si próprio e que tendo a feito Ele se regozijou e descansou; e que só na cegueira da paixão foi dado ao homem o direito de conhecer aquilo em que Deus tanto se esmerou." – e continua a se esmerar.

Nós do Mirtu's Blog (Nótlim Jucks, Mestre Issa e eu) queremos agradecer a vocês mulheres, por vocês serem quem são e como são; nossas musas, amantes, esposas, mães, filhas, amigas... vocês realmente são o sorriso de Deus. Obrigado por tornar nossa estada nesta vida mais agradável.

Por toda essa atmosfera que permeia este dia, Nótlim Jucks me enviou um poema que ele escreveu para uma de suas musas, alguém que ele me confidenciou ter sido muito especial em sua vida e que terá sempre "seu cantinho" reservado em seu coração. Nada mais justo que, no dia em que se comemora o dia das mulheres, o Mirtu's Blog publique um poema que representa todo encantamento que estas, suscitam no coração dos filhos de Adão, desta forma, vamos ouvir "A Voz de um Coração Teimoso":

Existe este pequeno conflito que não sei.
Essa incerteza se tenho direito
de fazer o que meu coração diz,
ou se aceito o que minha mente o contradiz.

Às vezes me esqueço do que pode ser.
E tento achar respostas
para perguntas que não foram feitas.
Sendo que eu deveria simplesmente seguir.

Ir de encontro ao que não sabemos,
torcendo para que não hajam lágrimas.
Sendo que tudo que temos e conhecemos,
é essa incerteza do que escolhemos.

Sei apenas que vou me arrepender mais
se não disser o que realmente quero dizer;
que desde que o acaso casualmente nos dispôs,
tenho sonhado com você os meus melhores sonhos.

Talvez tudo devesse ter sido em outro tempo,
mas a vida não tem graça sendo simples.
Ninguém antecipa os resultados das escolhas que fazemos,
apenas o arrependimento se antecipa as escolhas que não fazemos.

Existe este pequeno conflito que não sei.
Mas das incertezas quanto ao que escolhemos,
a voz que mais ouço é a de um coração teimoso,
que teima em tentar ser feliz.

terça-feira, 2 de março de 2010

Assim dizia o Mestre

Olá =) Tudo bem com você? Espero que sim! Se tudo bem com você, tudo bem comigo; senão, tenho certeza que é passageiro.

A série "Os ensinamentos do mestre Issa" ainda apresenta problemas em sua formulação. Muito devido eu e o mestre ainda não termos entrado num acordo de qual a melhor forma de realizar as publicações. Assim, neste inicio de semana, propus uma experiência ao mestre Issa, de forma que conseguíssemos algum material para o Blog. Tentei registrar uma conversa breve com o mestre e esta conversa será publicada hoje como o 1º episódio da série, apesar de estamos tentando resolver o impasse.

Ainda que o formato da publicação não seja o ideal, acredito que há uma lição que podemos extrair desta conversa, sendo assim, transcrevo abaixo meu dialogo com mestre Issa a cerca de um ensinamento antigo:

Mestre, há um ensinamento que eu gosto muito e gostaria que o senhor o comentasse, é possível?

Qual o ensinamento filho?

"Quem procura, não cesse de procurar até achar; e, quando achar, ficará estupefato; e, quando estupefato, ficará maravilhado – e então terá domínio sobre o Universo.".

Milton é importante você entender que, a procura que o Mestre dos mestres cita como chave deste ensinamento, não é uma procura externa, de algo que se perdeu, ou ainda não se descobriu, mas sim uma procura interna, rumo ao centro de si mesmo.

Tudo que há fora é como o que há dentro. Você só acha amor, se houver amor em você; você só acha felicidade, se houver felicidade em você; você só acha tristeza, se houver tristeza em você; tudo que houver em seu interior, você encontrará no exterior. Sendo assim, só há um lugar em que se deve procurar, em si mesmo. A estupefação se dará pelo simples fato de você perceber o que há em si e percebendo isso, você se dará conta do que encontrará em toda parte e, não havendo mais o que procurar você se maravilhará por entender que não é parte do Universo, mas sim o Universo em si.

Mestre, mas se é como o senhor está dizendo, se só encontramos no exterior o que encontramos em nosso interior, isso quer dizer que só encontramos maldade, se houver maldade em nós, então como o senhor explica uma pessoa boa ser morta por um assassino cruel e frio, como vemos todos os dias nos noticiários da TV?

Esse é um erro comum de pensamento Milton. Acreditar que cada um de nós é completo em si. Nós só somos completos no Todo, no Universo, em Deus. Esse é o estagio final do ensinamento do Mestre dos mestres, quando não há mais o que procurar, quando tomamos consciência de que o que faço ao outro, faço a mim mesmo; inclusive consciência, de que o que faço a mim, faço ao outro.

A maldade não é um resultado individual, ela é uma conseqüência coletiva, da mesma forma como sua força antagônica, a bondade, não é um resultado coletivo, mas sim uma conseqüência individual.

A maldade é uma força coletiva individualizada, enquanto a bondade é uma força individual coletivizada. Uma contrai a outra expande.


O mal precisa estar no coração de muitas pessoas para prejudicar uma; ao passo que o bem precisa estar no coração de apenas uma pessoa, para beneficiar muitas.