Ovídio (43 a.C. – 17 d.C.) talvez fique atrás de Juan de Cárcamo, Giacomo Girolamo Casanova e Donatien Alphonse François de Sade, em fama e cronologia, mas sem dúvida alguma, destes, foi o que mais entendeu o "Amor", sejam vistas suas obras "A Arte de amar" e "Remédios para o Amor", verdadeiros manuais para amantes em strictu sensu.
Publius Ovidius Naso nasceu em 43 antes de Cristo em Sulmona, pequena cidade das Abruzzas. Estudou em Roma e em seguida viajou à Grécia, ritual para os jovens da época. Casou-se três vezes, e foi, por razões desconhecidas, exilado por Augusto na Romênia, onde ficou entregue à solidão e ao desespero, até morrer, no ano 17 da nossa era. Desconfia-se, hoje, que Augusto tenha afastado o poeta pela sua "A Arte de amar", julgada imoral pelos contemporâneos.
Nos seus escritos, numerosos e variados, ele fala sobretudo das mulheres, que conhece bem por tê-las amado muito, da sua galantaria, ciúme, estratégias. Acusado de indecência e vulgaridade, ele prova nos quinze livros das suas "Metamorfoses" a sua fineza de espírito e o seu rigor metódico.
Eis um ensinamento do mestre sedutor, em seu "A Arte de amar":
Seduzir com doçura
"É uma reta condescendência alguém ganhar sobretudo os corações: a rudeza engendra o ódio e as guerras cruéis. [...] A amiga deve sempre ouvir as palavras que deseja. Não foi uma ordem da lei que vos juntou na mesma cama; a vossa lei é o amor. Apresenta-te com ternas carícias e palavras que encantam os ouvidos, para que a tua amiga se alegre com a tua vinda."
Hoje Nótlim Jucks me enviou um poema que transborda "Amor", então decidi publicar uma mini-biografia de Ovídio, simplesmente para poder indicar suas obras "A Arte de amar" e "Remédios para o Amor", para todos aqueles que se interessam pelo tema; vale à pena.
Acho que é AmorPor que gosto tanto de ti?
Já te dei meu amor,
entreguei meu coração;
apenas por um sorriso teu.
Queria entender,
mas não sei.
Por que significas tanto para mim?
Busquei lembranças
e sonhos que tive.
Mas só vejo os olhos teus.
Queria entender,
mas não sei.
Por que é tão difícil te ter?
Eu tentei,
fiz meu melhor papel;
encenei com todo amor.
Queria entender,
mas não sei.
Por que gosto tanto de ti?
Acho que é amor o que sinto.
Não como se diz,
mas é amor o que sinto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário