quinta-feira, 10 de março de 2011

Meu Carnaval com Doug Beleza, Flor de Sol e O Quarteto Fantástico

Os limites incapacitam
o homem de enxergar além.
A arte é uma forma de libertação,
onde não há limites.
Isis Mackoviak
     
Eu, O Coelho Branco (Tela de Isis Mackoviak)
Durante sua existência o Mirtu's Blog tem estado sempre em evolução, devido eu estar sempre buscando uma maneira de melhorá-lo, para conseguir agregar mais conteúdo e tentar transmitir boas mensagens a todos que passam por aqui. Infelizmente a partir de Julho vou deixar de contar com um dos meus maiores colaboradores – nessa minha viagem pela escrita – pois o senhor Talmur (Mestre Issa) estará "voltando para casa" e já me sinto órfão de um grande amigo; mas nossa amizade continuará mesmo a distância e enquanto ele puder me ajudar com sua sabedoria, ela será compartilhada aqui.

Bom, sem melodrama =) pois como diria meu grande amigo: "Sempre que algo se move, um espaço surge e em seguida é preenchido" – ainda existem alguns meses até Julho e mesmo antes do movimento esperado, recebi vários presentes em minha última viagem, que me ajudarão a preencher novas publicações.

Você navegante, se estiver atracando neste porto pela primeira vez, seja bem-vindo; aos frequentes navegantes, obrigado por voltarem sempre. Não sou o "Peixe Grande" com "Suas Histórias Maravilhosas", mas tento.

A publicação de hoje começa com um pensamento poético de Isis Mackoviak – minha prima (Pintora e Poetisa) – que trouxe para mim, uma reflexão sobre romper alguns limites que por vezes me imponho. Neste carnaval saí de casa rumo ao paraíso, com várias indagações na cabeça e certo vazio no peito. Meu destino: Florianópolis.

Saí de São Paulo com o tempo fechado e tipicamente cinza da capital paulistana, e assim parecia estar meu coração vacilante, que por um momento pensou em não embarcar. Mas depois de uma hora de cochilo durante o vôo das 07:05 da manhã, avistei o paraíso; o Sol ponteava suas montanhas e reluzia nas águas do seu mar, o avião estava pousando na "Ilha da Magia" e encantadamente meu animo se refez e senti um sorriso preencher meu rosto. Bendito seja o Artífice do Universo, pois sua arte não possuí reprovação.

Chegando em "Floripa" havia uma linda loura, alva, de olhos brilhantes da cor do mar, me esperando; se havia alguma dúvida que eu devia estar ali, ela se dissipou com o abraço da apaixonante Débora. Longe de qualquer má interpretação, minha querida prima me recebeu com um maravilhoso sorriso, que para qualquer um seria impossível não sorrir em retribuição.

Durante o trajeto do Aeroporto até sua casa, ela me falou sobre a Ilha – e eu, por um momento, mentalmente imagine a ilha de Lost (tenho essas viagens engraçadas de vez em quando – quase sempre =) – com tamanha paixão, que sem duvida me contagiou. Eu já estava apaixonado pela Ilha sem conhecer sequer uma de suas praias.

Logo depois, saímos brevemente para ir ao centro da cidade, pois a Débora precisava fazer algumas coisas, no que aproveitou para me apresentar o lugar.

Quando voltamos para a casa dela, logo após o almoço, encontramos meu tio Douglas fazendo um churrasquinho pra si e ouvindo Raul Seixas – o que na verdade pareceu meio surreal, pois ali estava Raul Seixas, curtindo o som de Raul Seixas. E que maravilha foi compartilhar musica, churrasco e cerveja gelada com "Doug Beleza" – perdoe o trocadilho tio.

Logo mais a tardezinha, quando minha tia chegou – a tia Sol, que o tio gosta de chamar de Flor; então o sobrinho transformou em Flor de Sol, para abrilhantar o título dessa publicação – juntamos algumas coisas, chamamos Willie "Boy" – integrante mais novo do quarteto fantástico – nos despedimos da linda loura alva, que estava indo visitar seu amor; não conseguimos tirar a artista Isis de seus afazeres e muito menos contatar a "desaparecida" Verônica – mas ela passara a noite trabalhando no restaurante mexicano para garantir a grana do semestre da faculdade de cinema; sendo assim, eu, Doug Beleza, Flor de Sol e Willie "Boy" fomos nos esbaldar nas belezas da Ilha.


Acompanhe no mapa o percurso das maravilhas: Praia do Campeche (refúgio de Antoine de Saint-Exupéry – e agora sei de onde vem a inspiração poética de "O Pequeno Príncipe"), Praia do Morro das Pedras, Praia da Armação, Praia do Matadeiro, Praia do Pântano do Sul, Praia da Solidão e Praia do Saquinho – todas visitadas com a magistral história-contada pelo meu guia especial, tio Douglas – pedagogo, poeta e escritor.

Sem perder o fôlego, no dia seguinte, seguindo mais ou menos como consta no DVD-Guia: "Floripa - A Imagem da Poesia. A Força da Beleza, Construindo um Paraíso Tropical" de Douglas Cabrera Gomes – sou fraco não né?! O cara que montou um DVD da Ilha, me apresentando o lugar – seguimos para: Daniela, Praia do Forte (achei show essa praia, o lugar, tudo =), Praia de Jurerê Internacional (tomei um banhão no mesmo mar que Ronaldinho Gaúcho e Amy Winehouse, se prosperidade "pega", tô contagiado) e Jurerê Tradicional, Praia de Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas, Praia da Lagoinha e Praia Brava.

Uau! (Não acabou não!)

Segunda-feira nunca foi tão maravilhosa – tentamos ir na Joaquina, mas o Guga devia estar aprontando algo por lá, o lugar estava inacessível, ainda assim, fomos para: Praia Mole, Barra da Lagoa, Praia do Moçambique, Rio Vermelho, Praia do Santinho e Praia dos Ingleses (onde comprei a camiseta que contém o mapa acima =).

No ínterim destas andanças, a futura cineasta Verônica me presenteou com sua presença e conversa, na qual, enquanto falávamos das praias da ilha, cinema e das viagens que ela fez com o pai, me deixou a pérola: "Que inveja que eu tenho dessa vida que eu levo" – e riu gostoso.

Voltando para São Paulo, eu tinha certeza que iam me perguntar se "peguei" alguém no Carnaval de Floripa; e a verdade é que não "peguei" ninguém; honestamente, acho que fui para Floripa "pegar" um pouco de vida e acrescentar alguns sonhos a minha coleção. Valeu muito a pena, muito.

Voltei com bagagem cheia de histórias, livros do meu tio – cujas poesias eu vou publicar aqui –, um maravilhoso quadro da minha pintora predileta; que mais posso querer? Só tenho a agradecer por ter "pego" tanta coisa.

Com amor e carinho, meu muito obrigado, Tia Solange, Tio Douglas, Débora, Verônica, Isis e Willie.

[]'s, Ju.

Amor Sideral
poesia de Douglas Cabrera Gomes

Gravito na orbita de teus olhos, 
Com os satélites do pensamento,
Onde viajo entre universos ocultos,
Entre magmas incandescentes.

Quando abre-se o infinito em teu sorriso
Alcanço o absoluto:
Nos meus atos;
Nos meus sonhos.

Entre os espaços do teu corpo, 
Encontro cósmicos caminhos,
Buracos Negros, Buracos Brancos,
A me perpetuar, espiritualizando meu ser.

Num êxtase do tempo e do espaço,
Renasço-me em teu ser etéreo,
Como um verso que se completa.

* Amor Sideral foi originalmente publicada em "Recriando Emoção!" – poesia / Douglas Cabrera Gomes, – Porecatu, 1985. Mais detalhes nas próximas publicações do Blog.

** Tomei a liberdade de batizar a tela de Isis Mackoviak, de: "Eu, O Coelho Branco". Uma alusão ao coelho branco de Alice no País das Maravilhas, pelas características do personagem e a poética sentimental retratada na tela. Obs: Foi necessário fazer uma "colagem" de duas partes da imagem da tela original, o que resultou uma imagem com um "corte", nada que desabone a obra da artista.

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Há uma música que tem tilintado na minha cabeça esses dias, mas é mais uma frase enviesada do que qualquer outra coisa. Assim: "Dizem que sou louco. Mas louco é quem me diz, que não é feliz. Eu sou feliz!" - que Arnaldo Baptista e Rita Lee perdoem minha alteração do verso, mas é um sentimento =)

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Um comentário:

  1. meu brilhante subrinho,amo-o tanto que palavras nem encontro para me expressar,espero em breve poder fazer vc ver muito mais maravilhas de nossa terra abençoada....

    nós é que temos a te agradecer os dias maravilhosos que passamos ao teu lado...

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