Prudêncio
(348 - c. 410)
A mulher do Vento |
Depois
de quase um mês de férias o Mirtu's Blog volta as atividades, na
busca pela manutenção de sua identidade. A publicação de hoje
é concisa mas não superficial. O post é aberto com uma definição
de Prudêncio, presente em seu poema Psychomachia, ou a "Batalha
da Alma", em que são apresentadas as lutas entre as virtudes e
os vícios; uma representação alegórica das nossas batalhas
psicológicas diárias.
O
poema apresentado a seguir é uma representação emocional em que
Nótlim Jucks tenta tornar uma lembrança em uma presença, ou como
diria o formidável Gabriel Garcia Márquez, em seu 'Viver para
Contá-la': A vida não é a que cada um viveu, mas a que recorda
e como a recorda para contá-la.
Tão
evidente
poesia de Nótlim Jucks
poesia de Nótlim Jucks
Você
certamente não se lembra,
mas
eu sorri cada dia
que
estive ao seu lado
e
pelos dias que não estarei.
Eu
pediria para você
me
deixar entrar,
mas
eu não sei quanto tempo
sou
capaz de te amar.
Deus
não me deu muito,
mas
me deu tudo;
e
ter você foi um mundo,
uma
vida, a eternidade.
Eu
quebraria todas as regras
para
libertar minha alma
e
poder te dizer
que
jamais vou esquecer.
Eu
ainda sinto a areia
e
o vento vindo dizer:
"Sim,
eu amo você"
e
não sei explicar.
O
mundo até podia
voltar
atrás e acabar,
mas
não ia importar;
eu
aprendi a te amar.
Você
derrubou os escudos
que
ergui em meu coração
e
transformou minha alma
em
algo melhor que então.
Você
certamente não viu,
mas
eu chorei quando
você
desceu as escadas
e
para sempre partiu.
Ainda
sinto aquela sensação
que
não sei, ou não quero explicar;
que
vai e vem no meu coração
assim
como as ondas do mar.
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