domingo, 24 de agosto de 2014

Viagem pelos Sonhos

A pintura é a poesia muda e a poesia, 
a pintura que fala
Simónides de Ceos -556 a.C. – 448 a.C. - Poeta Grego

Próximo de completar 5 anos, o Mirtu's Blog sofreu várias modificações desde quando surgiu da intenção de publicar os escritos do poeta Nótlim Jucks e da vontade de compartilhar as ideias de Milton Junior. Nestes 5 anos a roda da vida girou, muita coisa aconteceu, muita gente chegou, muita gente partiu e a busca persistiu, a busca pelo sonho, através dos medos e em direção a maior busca, o Amor – o fenômeno insondável que subtitula este Blog.
As asas do sonho
Hoje posso dizer que encontrei o Amor, encontrei-o em vários lugares, em várias pessoas, de diferentes formas – encontrei o amor da minha mãe, o amor do meu pai, o amor do meu mestre, o amor dos meus amigos, o amor do meu cachorro, o amor Universal ensinado pelo Mestre dos Mestres e o amor sublime da minha alma, minha linda Bia, minha latina Helbia.

Há 20 anos quando li o Alquimista, de Paulo Coelho, eu era pouco mais que um menino e pouco menos que um homem, e neste intervalo pré adulto eu não tinha o discernimento necessário para entendê-lo, mas se o tivesse entendido naquela época, talvez eu tivesse amado menos e talvez eu tivesse vivido menos e talvez eu fosse menos, mas compreendo hoje o que o mago tentou me ensinar há tempos.
A busca do sonho
O Alquimista é notável por ser uma história de amor que renuncia a ideia de que o amor romântico deve ser a coisa central da vida de uma pessoa. Cada pessoa tem um destino a seguir que existe independente das outras pessoas. É a coisa que você faria, ou seria mesmo se tivesse todo o amor e dinheiro que deseja. O tesouro que o protagonista – Santiago – busca no livro, é naturalmente, o símbolo do sonho pessoal ou destino, mas ele fica feliz em desistir do tesouro quando encontra a mulher dos seus sonhos em um oásis no deserto. No entanto, o alquimista que ele conhece no deserto diz que o amor da mulher que ele tem no oásis só será real se ela estiver disposta a apoiá-lo em sua busca.

O dilema de Santiago reside no conflito entre o amor e os sonhos pessoais. Muitas vezes vemos uma relação amorosa como o sentido da nossa vida, mas a obsessão pelo romance pode nos privar de uma vida mais conectada com o resto do mundo. Mas não é verdade que o coração tem necessidades? Viva a vida ao redor do sonho, diz Paulo Coelho, e haverá mais "coração" nela do que você pode compreender neste momento:
O amor do sonho
"... nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos, porque cada momento de busca é um momento de encontro com Deus e com a eternidade."

O amor romântico é importante, mas não é o nosso dever – nosso dever é o de sair em busca de nosso sonho. Somente por meio da devoção ao sonho é que a "alma do mundo" nos é revelada; o conhecimento que destrói a solidão e dá poder.

Então, desde que Einstein me revelou a teoria do sucesso irrestrito - S=c.p², tenho me dedicado a busca pelo sonho e agradeço a Deus pela companheira que encontrei no oásis da vida e tem me apoiado nesta busca.
A viagem pelo sonho
Hoje, é o retorno do Mirtu's Blog, mais um entre os diversos fins que já pairaram sobre essa morada; mas assim como os antigos mitos renascem, espero ter forças para continuar... sendo assim, nada melhor que o poema original de Nótlim Jucks para reabrir os trabalhos, pois a busca continua:

Viagem pelos Sonhos
poesia de Nótlim Jucks

Viajei pelos sonhos em um devaneio cintilante.
Cintilante como o brilho do orvalho na rosa.
Da rosa vermelha, da rosa dos ventos;
ventos que me levam pelos sonhos;
sonhos de um devaneio.

Devaneios de amor.
Devaneios de criança.
Devaneios do amor dos sonhos de uma criança.

Viajei pelos sonhos em um devaneio cintilante.
Não tão cintilante como antes, pois o antes;
o antes se foi, e o agora começou.
Começou e tudo mudou;
mudou os sonhos de um devaneio.

Devaneios de glória.
Devaneios de riqueza.
Devaneios da glória das riquezas de um homem.

Viajei pelos sonhos em um devaneio cintilante.
Devaneio que se perdeu pelo caminho;
caminho há muito traçado;
traçados pelas glórias e riquezas de um homem;
um homem sem os sonhos de um devaneio.

Devaneios perdidos.
Devaneios de um retorno.
Devaneios de retornar ao momento em que tudo mudou 
e a criança o devaneio perdeu.

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