segunda-feira, 9 de maio de 2016

Dignidade

Uma alma sem respeito é uma morada em ruínas. Deve ser demolida para construir uma nova.  Código Samurai
Honra
A MANEIRA MAIS SEGURA DE PUNIR UMA PESSOA QUE FEZ UMA INJUSTIÇA COM VOCÊ É RETRIBUIR A ESTA PESSOA COM UMA BOA AÇÃO

As pessoas sempre reagem na mesma moeda, ou até mesmo com uma ação numa medida maior do que aquela que lhes foi dirigida. Essa necessidade comum de retaliação pode ser substituída por uma reação destinada a converter um inimigo num amigo. Se você se livrar do pesado fardo do orgulho, conseguirá retribuir uma injustiça com uma boa ação. Poderá demorar algum tempo para fazer com que isso funcione, mas se tratar aqueles que não gostam de você com uma gentileza inabalável, eventualmente eles sucumbirão sob sua influência e "retaliarão" da mesma maneira. Como disse Napoleon Hill: "As brasas mais ardentes, que fazem a pessoa que cometeu uma injustiça com você queimar de remorso, são as brasas da gentileza humana".

Pense nisso! Tenha um ótimo dia!
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Honra
Charlie L. Brown e Franz Stigler
Inglaterra, 20 de dezembro de 1943. Do campo de aviação RAF Kimbolton, o bombardeiro B-17, da Força Aérea dos Estados Unidos, decolou com a missão de bombardear uma fábrica de aviões em Bremen, na Alemanha. A aeronave carregava 10 tripulantes, comandados pelo tenente Charlie L. Brown. Em poucos minutos, a missão obteve êxito, mas nem tudo saiu como o previsto: tropas alemãs atiraram contra o avião estadunidense, matando o artilheiro, ferindo outros seis tripulantes e destruindo dois motores do avião. Charlie, à frente do grupo e no comando, perdeu a consciência momentaneamente e o veículo começou a perder altitude. Quando recuperou os sentidos, o tenente estabilizou a aeronave, mas percebeu que estava sendo seguido por uma caça alemão. Com a tripulação ferida e partes do avião destruídas, não havia o que fazer além de seguir. Sair vivo seria uma questão de sorte.

Mas ele conseguiu. E quatro décadas depois, revelou o que aconteceu. Em vez de disparar e derrubar a aeronave americana, o piloto inimigo posicionou o caça paralelo a ela, gesticulando. Percebendo que seu inimigo não iria atirar, Charlie ordenou à tripulação que aumentasse a altitude. O grupo se salvou, o avião aterrissou na Inglaterra e o tenente nunca deixou de se questionar porque o alemão não havia atirado.

Em 1987, Brown foi atrás do homem que poupou sua vida. Pagou a publicação de um anúncio em uma revista de pilotos de combate, dizendo: "Estou buscando o homem que salvou minha vida em 20 de dezembro de 1943". Recebeu um telefonema. Era Franz Stigler, o piloto alemão. Três anos depois, os dois se conheceram e Charlie, finalmente, teve uma resposta para sua pergunta: "por qual razão você não atirou?". Franz contou que, ao emparelhar o caça com a aeronave americana, estava pronto para disparar. No entanto, percebeu que o avião inimigo voava com dificuldade e que a tripulação agonizava. "Que honra haveria em derrubar um avião naquelas condições?".
Que honra haveria em derrubar um avião naquelas condições?
Stigler não era um novato em guerras. Havia servido na África, sob o comando do tenente Gustav Roedel, que, segundo ele, lhe ensinou que para sobreviver moralmente a uma guerra, era preciso combater com honra e humanidade; se isso não fosse feito, não conseguiriam conviver consigo mesmo ao voltar para casa. Era uma lição que não estava escrita em nenhum lugar, mas o código de honra que guiou Franz, salvou os pilotos estadunidenses naquele 20 de dezembro de 1943.

Os dois pilotos, antes inimigos, tornaram-se colegas e trocaram correspondências por anos. Em 2008, com seis meses de diferença, ambos morrerem. Franz Stigler tinha 92 anos; Charlie Brown, 87.

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