sábado, 19 de setembro de 2009

Sobre cativar...

Certa vez Nótlim Jucks conheceu uma jovem que trazia consigo uma determinação inabalável no olhar e que animava o coração de quem a ouvia falar. Ela tinha tudo sob controle, sua vida, sua profissão, seus desejos, mas ainda assim algo não completava o projeto de sua vida, pois havia alguma coisa que lhe fugia. Eles conversaram por horas e suas memórias se entrelaçaram compartilhando experiências felizes e tristes, lembranças de amores belos e que pareciam eternos, de despedidas doloridas cujas feridas pareciam que jamais se cicatrizariam.

No dia seguinte, Jucks compôs um poema para a jovem, ele chamou este poema de “Convite à sonhar”; uma parábola sobre a vida, sobre circunstâncias e acontecimentos que por vezes não controlamos, e que por medo nos afastamos tentando nos proteger, ou então deixamos de conhecer, pelo mesmo medo... de sofrer.

Antes de apresentar a vocês o poema, eu gostaria de lhes sugerir uma breve leitura, que há anos tem conquistado corações ao redor do mundo, e que talvez devesse continuar conquistando mais e mais corações, apesar de nestes dias corridos, nós termos nos fechado para as pequenas coisas que nos tornam grandes. No capitulo XXI de “O pequeno príncipe”, o adorável viajante se encontra com a raposa que lhe ensina algo sobre o encantamento que o amor, o carinho e a dedicação causam ao coração.

Agora sim, uma alegoria de um sonho:

Convite à sonhar.

Às vezes é preciso dançar sob a chuva,
para entendermos que não se pode controlar tudo,
mas que podemos fazer parte de algo.

Sei que existem muitas coisas que não entendemos,
e que a tristeza às vezes chega no meio da noite,
mas vamos dar uma chance para a vida nos ensinar.

Nós jamais estaremos realmente sozinhos no mundo.
Pois por mais perdidos que possamos estar,
sempre haverá alguém disposto a nos achar.

Sei que existem promessas que são apenas promessas,
mas mesmo que tudo que consigamos sejam novas decepções,
devemos acreditar no amor e fazer do céu nosso limite.

Você que é uma princesa, graciosa e atraente,
diga-me, por que temos tanto medo de errar ?
Não é verdade que todos precisam de alguém para amar ?

Por favor, não diga que é um erro.
Sei que amar às vezes é suicídio,
que é como nadar contra a correnteza.

Você pode até dizer que estou sonhando,
que não merecemos o direito da incerteza.
Ainda assim vou fazer de conta que acreditamos.

Você pode até dizer que estou sonhando,
mas eu te convido a sonhar comigo.
Pois se formos incapazes de sonhar,
jamais saberemos o que é amar.

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