quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Paladino

O termo paladino (paladim), em linhas gerais remete a nobreza e bravura, qualidades atribuídas aos antigos guerreiros medievais, que trajavam armaduras brilhantes e sempre lutavam por uma causa elevada. Paladino é então um lutador heróico. Aquele que protege os mais fracos. Que combate a injustiça e não pensa duas vezes em arriscar a própria vida para defender seus ideais. Muitos dos cavaleiros do imperador Carlos Magno (747-814 d.C.) ficaram conhecidos como paladinos e tiveram suas façanhas imortalizadas nas "Canções de Gesta" – poemas épicos narrativos – cuja obra mais famosa é a "A Canção de Rolando". Um paladino é, por definição, um cavaleiro andante, um sujeito de grande bravura, um lutador valoroso, um campeão – e assim se denomina este confiante redator que vos escreve.
A canção de Rolando
Sobre "A Canção de Rolando" foi realizado um filme, "The Song of Roland (La Chanson de Roland)" de 1978, que infelizmente não foi lançado no Brasil; infelizmente, pois ele é considerado primorosamente fiel a obra que se baseia e de extraordinária apresentação da história da Idade Média. Porém, confesso que não o assisti, mas já o encontrei para baixar, sendo assim pretendo fazer um esforço intelectual – chique isso não!? =) esforço intelectual – de assistir um filme francês, sem legenda. Se eu conseguir depois conto para vocês.
  
Estou escrevendo sobre isso porque, como parte do projeto "Plenitude" que estou realizando, o mestre Issa me propôs pensar sobre o significado da honestidade, o que é ser verdadeiramente honesto. E ele me deixou uma "chave" para pensar nisso: "Com relação à honestidade, o fundamental é ser honesto consigo mesmo. É ter consciência dos seus propósitos de vida e de que forma são alicerçados os seus princípios. É realizar com freqüência um exame pessoal, com intuito de buscar o conhecimento de si mesmo. Sem iludir, nem criar vãs esperanças, para você ou para os outros. Basicamente é usar o que te moldou até chegar a este momento e se for preciso, mudar o que achar necessário, mas sempre sendo fiel a quem você É."
  
Sendo assim, EU SOU um paladino, cujas façanhas são empreendidas nas "batalhas" dos dias, entre feras, belas e heróis incógnitos; meu escudo é minha formação e minha espada a minha experiência. Apesar de algumas vezes eu (me) iludir e/ou esperar que aconteça – esperança – tento fugir do fútil e realizar o útil. Se isso parecer arrogância, ou falta de humildade, não é um nem outro, é apenas confiança – honestidade. Sei também, que você sendo quem você É, também é um(a) paladim.
  
Para concluir esta publicação, um poema de Nótlim Jucks; baseado na história de um paladino que se tornou rei, um personagem que resume em si muito dos ideais que eu e o poeta carregamos pela vida:

O Filho do Dragão

Ele amou a terra,
amou seus amigos,
e como amou aquela mulher!

Ele guerreou e venceu,
e quando foi insuportável
ele também chorou.

Amou tanto que perdoou
e mesmo assim o traíram,
mesmo assim o culparam.

Por amar a terra ele sempre lutou,
por amar seus amigos ele sempre tentou,
por amar aquela mulher ele chorou.

Por aquela mulher de cabelos vermelhos
e olhos verdes penetrantes,
ele caminhou sobre o fogo e venceu.

Ele jamais gostou de guerras,
mas as guerras o amaram
e como uma fera ele as agradou.

Ele libertou sua terra natal,
e a seus amigos defendeu sem igual.

Guerreou e venceu,
indo além do imaginável.

Amou tanto que perdoou,
mas isso simplesmente não bastou.

Por aquela mulher ele se entregou.

Ele amou a terra,
amou seus amigos,
e como amou aquela mulher! 

*do romance de Arthur e Guinevere
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Para meditar:

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