domingo, 29 de agosto de 2010

A Arte da Comunicação

"Aquele que conhece o interlocutor e a si mesmo, debaterá cem conversações sem perigo de constrangimento. Aquele que não conhece o interlocutor, mas conhece a si mesmo, terá chances iguais de satisfação ou de constrangimento em uma conversação. Aquele que não conhece nem o interlocutor e nem a si mesmo, será constrangido em todas as conversações."
Sun Tzu, a arte da comunicação.

A paráfrase acima foi elaborada com intuito de apresentar uma síntese sobre a prática, ou campo de estudo que se debruça sobre a informação, a sua transmissão, captação e impacto social: "A Comunicação".

Nesta última semana de Agosto, participei de um curso cujo tema principal era comunicação e pude vislumbrar a amplitude deste campo de conhecimento que transita entre o exato e o humano; cuja significância das coisas é imprescindível.

Se tomarmos como exemplo a exposição simples de uma idéia, veremos que a comunicação se dará por um processo complexo, visto que uma palavra pode ter um significado para uma pessoa e outro significado para a outra pessoa. Se pesquisarmos no dicionário o significado de uma palavra, veremos que uma palavra não se contém em si mesma; sempre haverá mais de um significado para a mesma palavra. Desta forma fica claro, que quando nos comunicamos, devemos cuidar de nossas palavras, para que elas realmente expressem o que queremos dizer; o que queremos comunicar. Ou, valendo-se do campo exato, devemos cuidar, se o protocolo da transmissão é o mesmo utilizado na recepção.

Essa questão sempre me remete aos diálogos da Patty Pimentinha - a "Meu", do desenho do Charlie Brown – com a professora; não há comunicação entre elas. Tudo que a "Meu" diz, toda criança consegue entender, já o que a professora diz, é sempre, blá, blá, blá, blá, blá... faço aqui uma reverência ao mestre Charles Schulz, exímio comunicador e educador, com simplicidade.

Bom, o essencial da comunicação humana reside na paráfrase de Sun Tzu que inicia esta publicação; pois comunicar envolve conhecer o ser humano. O que nos leva a uma jornada pelas ciências sociais (pt.wikipedia.org/wiki/Ciências_sociais) e do comportamento (pt.wikipedia.org/wiki/Ciências_do_comportamento). Com intuito de compartilhar com você o que alguém um dia compartilhou comigo, gostaria de deixar algumas indicações benéficas ao aperfeiçoamento pessoal:

- Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie, é fundamental;
- A Arte da Guerra, de Sun Tzu (http://www.suntzu.com.br/);
- O Tao Te Ching, de Lao-Tsé, esse e o anterior, indico as publicações da Martin Claret;
- O Ponto de Mutação, de Fritjof Capra, livro e filme;
- Waking Life, intrigante filme filosófico, ganhador de dois prêmios no Festival de Veneza;
- O Poder do Mito, série de entrevistas de Joseph Campbell com Bill Moyers;
- Pesquisar sobre: PNL, Coaching, Metafísica, Mentalismo;
- Maktub e Histórias para Pais Filhos e Netos, de Paulo Coelho;
- As Portas da Percepção, de Aldous Huxley.

Se você estiver achando muito diversificado os tipos de leituras recomendadas, lembre-se que Jesus se valeu muito de parábolas para comunicar seus ensinamentos, Gandhi sempre se apoiou no Mahabharata, no Bhagavad Gita para levar sua mensagem ao mundo; então é sempre bom conhecer histórias para contar.

Eu sigo o ensinamento do Dalai-Lama e deixo-o também para vocês: "Embora eu fale a partir da minha própria experiência, para mim ninguém tem o direito de impor suas crenças à outra pessoa. Não vou lhes afirmar que meu caminho é o melhor. A decisão cabe a cada um. Se concluírem que algum ponto talvez lhes seja conveniente, vocês poderão fazer suas próprias experiências. Se concluírem que ele não tem nenhuma utilidade, poderão descartá-lo."

O título do último livro das indicações provém de uma citação de William Blake: "Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito." E foi à fonte de inspiração para o nome do grupo de Rock "The Doors" (The Doors of Perception), que apresenta uma obra com características semelhantes ao livro: quebra de paradigmas, oposição a normas e costumes vigentes.

Esta publicação começou com um vislumbre do estudo da comunicação, mas como tudo se baseia no aperfeiçoamento pessoal, há um lema na alquimia que define isso: "Eu quero, eu posso!" – William Blake batizou a gravura abaixo de "Portões do Paraíso" que vem com a insígnia: "Eu quero! Eu quero!". O conhecimento é capaz de te levar aos portões do paraíso, se você souber como utilizá-lo.


"O saber governará sempre a ignorância; e um povo que se propõe governar-se deve apetrechar-se com o poder permitido pelo saber." - James Madison

Para concluir esta publicação, Nótlim Jucks me enviou um poema cujo título foi "roubado" de uma música do "The Doors", mas que em seu conteúdo é todo característico do poeta:

Ao fim

Eu deveria ter visto
quando as rosas que te dei murcharam.
Eu deveria ter ouvido
quando você disse que não era compromisso.

Mas ainda sinto o gosto do seu beijo;
ainda sinto o toque das suas mãos.

Tudo que eu queria era continuar,
mas este é o final,
isto é o fim,
chegamos ao fim.

Eu disse para alguém
que ia facilitar as coisas.
Mas quando ouvi sua voz,
senti seu toque e te beijei.

Vi que eu não queria facilitar nada,
porque eu deveria facilitar o fim?

Eu queria fazer parte dos seus sonhos,
queria ser aquele que você gostaria de ver,
aquele que estaria presente contigo
todos os dias.

Mas este é o final;
o final dos tempos.
Isto é o fim;
o fim do nosso amor;
do meu amor... o fim.

Eu tentei roubar
todos os seus sorrisos para mim.
Eu tentei ser aquele
que faria seus olhos brilharem.

É eu tentei até te dar as estrelas,
mas isso foi tudo que tentei fazer.

Eu não pude ser
aquele que realizaria seus sonhos,
eu só fui aparentar.
Muito orgulhoso, muito fraco.

É... este é o final.
Isto é o fim,
chegamos ao fim.
Ao fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário