domingo, 15 de novembro de 2009

O poema incompreendido

Hoje trago para vocês um poema incompreendido, isso, pois até hoje quem o leu não mostrou muito gosto por ele. O poema foi escrito num momento difícil e ao mesmo tempo revelador, pois o poeta estava tentando encontrar a si mesmo, e como ficará notório aos que persistirem, não foi um momento, mas, momentos que construíram tudo que Nótlim Jucks é hoje e o que será amanhã.

Para o poeta, o amor é sublime, é a essência do ser humano, é como uma parábola celeste: "Todo aquele que ama, continue amando, pois será amado e ao ser amado, sentir-se-á maravilhado e ao sentir-se maravilhado reinará no mundo.".

Antes de lhes apresentar o poema incompreendido, vou transcrever alguns pensamentos do poeta que não viraram poesia, mas que podem ajudar a entender sua poesia. Primeiro um texto inspirado em alguns ensinamentos:

"Nas palavras do mago eu pude entender a verdade que alguém invejoso ocultou; que a mulher é o sorriso do Criador, contente de si próprio e que tendo a feito Ele se regozijou e descansou; e que só na cegueira da paixão foi dado ao homem o direito de conhecer aquilo em que Deus tanto se esmerou, sendo maldito quem nunca as amou. Já houveram anjos escultores e pintores geniais, mas nenhum ser capaz de reproduzir a beleza que reside em cada mulher; talvez seja possível encontrar entre eles aqueles que amaram e assim se tornaram criaturas mais próximas do Criador e por assim dizer criadores, mas ainda assim meros copiadores. "

Segundo, a carta não enviada:

"Quero dizer, que eu te amei, que eu te amo e vou te amar, enquanto me for permitido caminhar por este mundo. Talvez eu não devesse simplesmente ter deixado você partir, mas com certeza foi a melhor coisa que eu pude fazer por você. Estou dizendo isso porque eu quero que você saiba que não foi uma aventura, ou o que possam dizer por aí, foram momentos de uma vida para mim.

"Eu sempre soube que você teria sucesso em cada coisa que se propusesse a fazer, e sabia que você conseguiria tudo que sempre quis, pois se tem uma coisa que eu acredito, é que quando desejamos muito uma coisa, o Universo conspira para que a consigamos.

"E mesmo distante eu tenho orado com muito carinho, para que Deus te dê tudo o que você merece e Ele sabe que você merece muito. Eu sempre soube que você era mais do que eu merecia ou teria coragem de pedir a Ele, então agradeço em silêncio a oportunidade que me foi dada e reconheço que eu realmente não estava preparado para você.

"Eu fiz o meu melhor, sei também que poderia ter sido melhor em muitos aspectos, mas eu perdi a fé na magia que permeia o amor e por isso eu espero que você me perdoe. Desejo de toda minha alma que você seja muito feliz."


Agora sim o poema incompreendido:

Aqueles olhos verdes

Mesmo sob a chuva eu consigo ver
aqueles olhos verdes chorando.
Não importa a distância entre nós,
dá pra sentir que ela está triste.

A chuva caí forte com suas gotas frias,
indiferente aos sentimentos dela.
E não há nada que eu possa fazer
para livrá-la do que está sentindo.

Pois se fosse possível eu faria;
eu abriria estas nuvens,
acenderia cada estrela e traria a lua;
apenas para vê-la voltar a sorrir.

Mas ali parada sob a chuva gelada,
ela tenta se livrar de algo
que há muito morreu em pensamento,
mas continua vivo em sentimento.

Ela espera que a chuva faça parar,
esta coisa que tem lhe tirado o ar.
Ela espera ter feito a coisa certa,
sem saber ao certo o que foi feito.

E não há nada que eu possa fazer.
Pois se aqueles olhos verdes tem chorado
buscando entender e achar um culpado,
eu sou parte do que ela quer esquecer.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Indícios

Que tal conversamos um pouco sobre a vida? Esse período de tempo que decorre desde o nascimento até a morte dos seres! Esse presente extraordinário que recebemos de Deus; sim de Deus, porque enquanto não provarem que viemos de outro lugar, eu prefiro vir de um Ser*, Onipotente, Onipresente e Onisciente do que do macaco – e não é nada contra o simpático símio, apenas uma questão de ego.

Neste período entre nascermos e morrermos acontecem coisas incríveis, mas que muitas vezes tratamos como comuns. Como exemplo, a gestação e o nascimento de uma criança. Incrível não? O homem ainda não conseguiu reproduzir isso em laboratório.

São incríveis também algumas situações que levam as pessoas a perderem este presente extraordinário, chamado vida. Muitas vezes, uma bala perdida, um bêbado na contramão, uma doença inexplicável ou simplesmente um vazio no coração; causado por tantos motivos, que para quem olha de fora, podem ser considerados banais.

Há um pequeno conto no livro Maktub, de Paulo Coelho, em que o autor revela ter saído de um almoço com um amigo padre – em uma época em que a espiritualidade do mago não era tão acentuada – e ao andarem pela rua avistaram um mendigo. Ao ver o indigente o mago olhou para seu amigo e o inquiriu, mais ou menos desta forma: "O que anda fazendo seu Deus, que deixa aquele homem viver naquela situação?" – e o amigo padre respondeu: "Ele está colocando aquele homem diante de você, para que você possa fazer alguma coisa!".

Existe também, aqui na minha cidade natal, uma história que já não sei se é verídica ou se é uma lenda urbana, sobre um jovem médico, que ao invés de ter uma carreira brilhante como todos esperavam, tornou-se mendigo.

Conta a história, que ele estudou medicina por 6 anos, realizou residência por mais 2 anos e uma especialização internacional, com total entrega e desprendimento, fazendo com que ele se distanciasse um pouco de sua família. Já formado e com consultório montado, aconteceu de num belo dia ele receber um telefonema da casa de sua mãe, chamando-lhe, pois seu irmão gêmeo estava tendo um ataque. O jovem médico "voou" para casa da mãe e se esforçou ao máximo para salvar a vida do irmão, mas mesmo com toda sua formação e conhecimento, não houve como salvá-lo.

Este acontecimento foi um choque tremendo na vida do jovem médico, que passou a perambular pelas ruas, perdido, carregando coisas penduradas ao corpo, como se ele precisasse sentir o peso de sua consciência em seu próprio corpo. Depois de muitos anos, nunca mais o médico mendigo foi visto pela cidade. Ele "perdeu sua vida" juntamente quando o irmão morreu.

Mas que peso era esse que ele carregava? Será que sua consciência o condenara por não ter conseguido salvar o irmão? Será possível mensurar o vazio de uma perda? E se estamos conversando um pouco sobre a vida, o que tem haver estas duas histórias de mendigo?

Talvez seja apenas um indício, para cuidarmos melhor deste presente que recebemos. Quem sabe seja para olharmos com olhos mais diligentes o presente que os outros receberam. Pode ser que seja, para aproveitarmos melhor a grandiosidade de compartilhar estes nossos presentes.

Jucks escreveu uma parábola confessional sobre isso:

Longe do passado

Na escuridão da noite ele procura abrigo.
Seus olhos avermelhados demonstram cansaço,
e também um hábito que se tornou freqüente em sua vida.
Não há mais onde se esconder;
não há mais para onde fugir.
Seu espírito está fraco, seu corpo estraçalhado;
suas vestes são apenas alguns panos pretos que roubou
e um agasalho esboçou.
O cheiro de seu corpo não é mais de perfume francês;
seu rosto já não é mais o mesmo
que ele cuidara tanto nos anos anteriores.
Hoje ele reza por um sabonete
e por um misero cuidado de antes.
A morte já o rondou várias noites;
e agora, o outrora homem rico,
sente o fardo que ele se recusava ver.
Nas noites frias de inverno,
sem abrigo, sem roupa ou comida,
ele se encolhe como um caracol
na tentativa de se aquecer.
Uma fogueira às vezes ajuda,
mas quando os policiais o pegam
há pouco a fazer.
Uma das coisas mais fáceis de acontecer,
é suas memórias emergirem
e o amargo gosto da derrota e traição
arrebatarem seu coração.
Nas noites frias de inverno, nas mais frias,
ele é capaz de atos de extremo desespero;
atos jamais pensados por ele
quando se encontrava sob pilhas de cobertores,
numa cama confortável.
Ele urina nas próprias calças buscando amenizar o frio;
buscando no calor de seu próprio corpo, algum alento.
Ato em vão, que só serve para deixá-lo mais gelado,
com os farrapos e o corpo mais fedidos e mal tratados.
Se alguém há alguns anos lhe dissesse,
que existem pessoas que urinam nas próprias calças
para se aquecer do frio, ele iria apenas rir da situação.
Coisa que hoje, só serve para apertar-lhe mais o coração.
Um dia desses ao lhe dar uns trocados,
uma senhora o olhou bem e indagou:
"Por que você não vai trabalhar? Um homem forte como você!"
Ele apenas respirou e nada conseguiu responder.
No dia seguinte foi à procura de um trabalho;
mas quem daria emprego a alguém que cheira urina
e tem nos olhos a cor do vício.
Só nos braços da noite e no calor das garrafas
ele se conforta com outros que vivem como ele.
Seus trocados adquiridos como pedinte,
propiciam-lhe algo bom para aquecer o lugar vazio
em que já habitou um coração;
coração que agora ele sabe,
era tão vazio quanto o vazio que sente.
Ele sabe que poderia comprar pão e leite,
mas nenhum dos dois o aqueceria,
nem o faria esquecer o que está passando;
tão bem quanto um forte e barato conhaque.
Porém o álcool não tem efeito permanente
e na manhã seguinte sua realidade está presente.
Ainda com os olhos embaçados e cabeça latejando,
ele toma a decisão de por fim a realidade que o tem atormentado.
Ele elege os trilhos do trem como sua passagem,
eles serão sua mudança de vida, de uma vez por todas.
Boa sorte, Sr. Ninguém de Lugar Nenhum,
será uma longa viagem!


* Neste caso, é O Ser; Aquele que exprime toda existência, Aquele que É toda existência.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Alternativa!

Se sua empresa possuí uma política de internet muito restritiva (e chata), mas mesmo assim você está a fim de acompanhar o Mirtu's Blog, acesse: http://jrmirtus.blog.uol.com.br/

Mirtu's Blog - A poesia é a pintura que fala (2ª via) – em processo de equiparação; mas em alguns dias tudo que você lê aqui, você poderá ler também na 2ª via =)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Como os antigos cowboys...

Acho que vale comentar aqui no Mirtu's Blog sobre minha amizade com Nótlim Jucks. Nós nos conhecemos há mais de 30 anos; (Uau! O tempo voa!) compartilhamos vitórias e nos sustentamos nas derrotas. Assim como o Super-Homem tem o apoio e a lealdade de Clark Kent, o Homem-Aranha tem a inteligência e a sagacidade de Peter Parker, Nótlim Jucks tem a mim =)

O que não chega a ser um super-herói, mas é um alterego para os momentos em que ele não pode estar presente. E se alguém estiver se perguntando, se não seria o contrário, a premissa é verdadeira.

Enquanto Deus me proveu as pessoas maravilhosas que encontrei pelo caminho, Jucks encontrou alguns amigos que não pude ter, ou conhecer; que não vem ao caso no momento, senão este "post" fica muito louco.

Jucks sempre foi muito amigo de Johnny, um cara cabeludo e esquisito que chamava as "garotas" de "baby". Johnny levava jeito com as garotas e Jucks achava isso o máximo. Hoje podemos dizer que as garotas viraram mulheres, mas porque não manter aquele ar de juventude... algo surreal às vezes caí bem.

Durante as filmagens do documentário "Access All Areas - A Rock & Roll Odyssey", Jucks perguntou a Johnny como ele se via viajando pelo mundo e conhecendo tantos lugares diferentes, e ele lhe respondeu: "Isso pra mim é como andar pelo velho oeste de saloon em saloon, igual nos filmes de John Wayne. Gosto de acreditar que sou como os antigos cowboys... que chegam à cidade na calada da noite, tomam o dinheiro dos ricos, dormem com suas mulheres e caem fora antes da polícia chegar!"

Nótlim Jucks sempre gostou dessa resposta que recebera; ela sempre lhe pareceu tão fantasiosa quanto à vida que Johnny levava. Porém Jucks nunca gostou, ou achou cabível chamar alguma garota de "baby", então quando teve a oportunidade ele chamou uma garota de "princesa" e assim nasceu algo como uma marca nas poesias de Nótlim Jucks. Ele escreveu diversos poemas referenciando sua "princesa". Depois de muitos anos ele descobriu um sentido pejorativo para "princesa", mas sempre que "ela" for citada aqui no Mirtu's Blog será no sentido de "esplêndida", "magnífica", "deslumbrante", etc.

O poema que está sendo publicado aqui hoje, é uma despedida ao maior amor que Nótlim Jucks já viveu, considerando-se (tempo * amor / intensidade) = maior amor, não que ele tenha amado menos das outras vezes, mas diferente, em intensidade, tempo e/ou significância. Características, deste fenômeno insondável, que por vezes não damos atenção, mas que em se tratando de amor, são o que são.

Desta forma então...

Talvez eu tenha que ir

Minha princesa, já é noite.
É hora de eu voltar para casa.
E apesar de você me pedir
eu não posso ficar esta noite

Você me convida para ver o mar
e andar ao redor da lua,
mas eu não tenho as respostas
que você precisa esta noite.

Quero dizer que você está maravilhosa
e que seu olhar brilha como as estrelas,
mas é tempo de eu voltar para casa,
de eu lhe dizer Adeus pela ultima vez.

Princesa, você está tão maravilhosa,
mas não posso ficar esta noite,
talvez eu não possa mais ficar,
talvez seja assim que as coisas
tenham que acontecer conosco.

Eu já aceitei o que me foi reservado,
espero que o tempo possa mostrar
aquilo que há muito eu não quero ver.
Mas tudo bem, está uma noite maravilhosa hoje.

Quero que saiba que eu vi as estrelas,
e em todas elas eu encontrei o brilho
do teu olhar, a luz do teu sorriso.
Mas isso foi há muito tempo.

Hoje eu tenho que lhe dizer,
não posso ficar esta noite
e talvez eu não possa mais ficar,
talvez eu tenha que ir...

Talvez eu tenha que ir para onde
eu não possa mais te encontrar.

domingo, 8 de novembro de 2009

Janie

Janie é um poema que um dia sonhou ser uma canção, ou uma canção que apenas se tornou poema. Foi escrito ao som do Rock & Roll como uma balada de um ícone dos anos 80, como um mergulho em uma viagem adolescente de um amor meio displicente.

Janie era a garota que o poeta queria levar para Sant' Andrea em Otranto, para fazer amor ao acordar e tomar café da manhã olhando o mar. A viagem não aconteceu e Janie não vem de Janaína, como está escrito na poesia, mas Jucks tem certeza que Janie saberá que foi pra ela que ele escreveu esse poema que não virou canção. Ele se ressente apenas, por sua Janie não ter um "riff" de guitarra, para marcar no coração algumas coisas belas, que nem sempre são tão belas quanto a sonhamos.

Então, segue o poema que um dia sonhou ser uma canção:

Janie

Ei Janinie, não chore, você merece mais que um jogador,
você merece um santo, alguém que te dê um objetivo.
Você pensou que minha vida fosse um paraíso de praias ensolaradas,
mas havia um tesouro maldito que você não tinha visto.

Eu queria ser mais inteligente para te pedir perdão,
mas as palavras fogem e não me sinto capaz.
Olhe, eu sei o quanto te decepcionei,
mas tenho certeza que você conseguirá viver sem mim.

Ei Janinie, não chore, eu apenas esqueci o que podia ser amanhã.
Houveram beijos, palavras e todas essas coisas que fazem bem,
sei que fiz parecer um sonho colorido,
mas não garanti estar presente quando você acordasse.

Janie, menina Janaína, não chore princesinha.
O mundo esta cheio de homens melhores do que eu
e eles não te dirão Adeus antes de você acordar.
Muito menos te dirão Adeus, se forem mais espertos do que eu.

Você é forte e não chegou tão longe para jogar a toalha.
Eu me perdi na noite princesinha, e não havia quem me salvar.
Eu não valho metade destas lagrimas que você tem chorado,
eu sou apenas um sonho que você teve, que deu errado.

Janie, menina Janaína, não chore princesinha.
O mundo esta cheio de homens melhores do que eu
e eles não te dirão Adeus antes de você acordar
muito menos te dirão Adeus, se forem mais espertos do que eu.

sábado, 7 de novembro de 2009

Perturbações & Emoções

Hoje Nótlim Jucks me enviou um poema-conto que ele diz ter brotado em sua mente de maneira estranha, pois foi à fusão de um sonho com uma série de sentimentos e pensamentos que fervilhavam em sua cabeça.

Nós tínhamos combinado que eu postaria o poema-conto "Longe do passado", um dos primeiros escritos pelo poeta, mas ele achou por bem que fosse publicado algo mais leve e sutil; até porque, e fez questão de me lembrar, hoje é aniversário de minha tia, então que eu deveria publicar uma poesia que transmitisse harmonia e felicidade.

Em nossa conversa, ele disse: "Mirtu, de nada adianta querer recuperar tudo o que foi perdido durante anos, em apenas alguns meses. Inclusive o tempo. Controle sua ansiedade e deixe os poemas fluírem, eles vão se publicando através das emoções de cada dia, através das perturbações na rotina. Pare, respire, crie, não há o que recuperar, viva o momento, construa algo novo, você sabe que escrevemos a vida com tinta de sonhos, porém sabe também que não temos borracha." – e disse isso rindo e me deixando perdido sem entender muito bem o que quis dizer.

Talvez o poema ajude a tentar entender, assim:

Jardim das emoções

Havia uma ponte que cruzava o abismo do vale, e do outro lado ficava um templo dedicado a felicidade.

Ao seu redor encontravam-se as árvores dos sentimentos e o jardim das emoções.

Para lá se dirigiam as pessoas que precisavam encontrar a si mesmas. Mas todas que cruzavam a ponte do abismo tinham medo de entrar no templo da felicidade.

Muitas preferiam caminhar pelo jardim e colher algumas flores, e estas pessoas se encantavam com as flores do ódio, que possuíam pétalas largas, brilhantes e negras.

Outras se dedicavam a carregar de um lado para o outro, as sementes da inveja, plantando sonhos que pertenciam a outras pessoas, sem poder colher os frutos.

Mas de todas essas pessoas as que mais chamavam a atenção, eram aquelas que se deliciavam com os frutos da árvore da melancolia, que choravam por coisas que nunca tiveram ou por algo que há muito perderam.

O interessante é que não se encontravam crianças nesta parte do jardim, mas ao olhar mais próximo ao templo, viam-se milhares delas, carregando buquês de amores incondicionais, se deliciando com os frutos da árvore das gargalhadas e banhando-se nas águas da amizade.

Estas crianças interagiam com todas as criaturas do jardim das emoções, e para cada flor do ódio elas carregavam uma flor do perdão, que juntavam com as flores do amor, transformando o negro das pétalas do ódio em um azul cintilante, como o azul encontrado nas flores da inteligência.

Estas crianças corriam, entravam e saíam do templo da felicidade, inúmeras vezes.

Quando estavam chorando buscavam o templo, mas sempre apanhavam antes uma flor de esperança e uma de carinho; e ao entrarem no templo da felicidade atiravam as flores ao ar e gritavam "sejam sonhos" e as flores se fundiam e voltavam às mãos das crianças em forma de devaneios e contentamentos.

As crianças juntavam seus devaneios próximos ao coração e não choravam mais.

Se possível, vá visitar o jardim das emoções e tente entrar no templo da felicidade; não é difícil; todas as crianças conseguem quando sorriem.

Você só precisa se lembrar como é, ser criança.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

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Depois de alguns contratempos técnicos, o Mirtu's Blog volta a suas publicações regulares e projetando mais postagens semanais do que as realizadas até agora.

Hoje é a primeira postagem que faço, após o nascimento da bela Beatriz, filha de um irmão querido, que há de encantar muitos poetas por onde ela passar. E também vale uma singela homenagem ao nascimento do príncipe guerreiro Heitor, filho de um distinto amigo e companheiro.

Eu que por vezes me encontro perdido entre meus pensamentos e entre os escritos do poeta Nótlim Jucks, posso me considerar um abençoado por Deus, pois Ele colocou em meu caminho amigos maravilhosos, que se tornaram meus irmãos.

Há dois anos, aproximadamente, nasceu também à encantadora Júlia, a quem na época não pude homenagear em meu Blog, pois este veio muito depois; mas tive o prazer de poder compartilhar alguns momentos de felicidade que ela produziu em seus pais, e o encantamento que ela produz nos olhos de seu pai cada vez que ela está com ele.

Bom, tem também o Leo, que nasceu há alguns anos... filho do extraordinário Frederico, mas se eu for citar todos os que não fiz em tempo, não caberá aqui... então, desejo apenas compartilhar com vocês um sentimento bom, que brota como uma flor cada vez que uma criança nasce nesse nosso mundão.

Apenas...

Compartilhando

Você é um ser individual;
singular em suas características.
Você é uma criatura magnífica;
impar no Universo.

Você pode ter, fazer, ser,
o que você quiser.
Basta decidir-se por isso
e lutar por estas realizações.

Você é responsável por suas ações.
É quem merece o mérito por suas vitórias;
é quem tem que reconhecer as próprias derrotas.
Mas ainda assim, só depende de você!

Você possui o direito de ir e vir.
Direito conseguido pela sua poderosa
e deliberada vontade de ser livre.
Você é livre!

Hoje, dê-se o direito de ser livre:
para compartilhar um sentimento bom com alguém;
para compartilhar um sorriso com quem está muito ocupado para lhe dar um;
para compartilhar a liberdade que existe em você!

Você é um ser individual;
singular em suas características.
Você é uma criatura magnífica;
impar no Universo.

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