segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vontade

O poema-conto publicado aqui hoje, é na verdade uma narração alegórica que envolve o preceito moral da vontade, em que se tenta retratar uma jornada mística, uma competição valorosa, ou simplesmente a vida e seu maior bem. Jucks acredita que em outros tempos, o personagem sempre oculto do poema, poderia ser considerado um profeta atravessando suas provações, cujo fim é apenas um novo começo, ou a aurora de um novo dia, em que as provações estão em cada momento, no momento exato que estamos vivendo agora.

Como aço, como o vento... simplesmente vontade.

Enquanto as estrelas me guiarem,
enquanto houver forças em mim para continuar, eu o farei.
Os inimigos estavam mais perto do que eu podia imaginar,
mas com os instintos dos animais e a ajuda do Criador,
sobrepujei a todos.
Meu nome foi concebido para ser duro, forte e destemido.
Não temido, respeitado.
Considerando o que aconteceu;
considerando o que vivi,
nada se compara ao que eu aprendi.
Em momento algum, eu disse ser mais do que realmente era,
também não expressei nada mais que a verdade.
Mas mesmo assim houve os que disseram o contrário.
Eu corri com o vento, dormi com os cães
e comi o que me foi dado.
Atravessei o rio e suas armadilhas.
Ouvi o cantar dos pássaros e senti o frio da morte.
Mas mantive-me de pé, pois meu bem era maior.
Eu estava lutando por amor,
por meu destino.
Não nasci forjado pelo aço,
mas lutei como se fosse feito dele.
Minhas mãos endureceram durante a viagem,
meus lábios partiram e meu sorriso sumiu;
mas minha coragem me fez continuar,
eu estava lutando por amor,
por meu destino.
A tentação rondou-me a noite,
mas como um lobo e com um Lobo eu a afugentei.
Eu corri como o vento, eu me tornei o vento.
Ao final da jornada como uma brisa cheguei,
mas uma brisa com aparência de furacão.
Não nasci forjado pelo aço,
mas vivo como se fosse feito dele,
e enquanto as estrelas me guiarem,
enquanto houver força em mim para continuar, eu o farei!

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