Oi. Você percebeu o cheiro de hipocrisia que há no ar? É, esse cheiro de que as coisas estão indo mal, mas está tudo bem.
Mais duas crianças morreram (entre tantas outras que não são notícia) e o "statu quo" permanece inabalável. Assim deveria ser também nossa força – inabalável - mas esquecemos algumas coisas importantes ultimamente. Nossa tática de "não ver" o que acontece com os outros tem funcionado bem por enquanto, mas temos que ser conscientes de que uma hora nós vamos ver.
Segundo o pensamento dos povos pré-colombianos os sacrifícios humanos serviam para garantir o funcionamento do universo, os acontecimentos do tempo, a passagem das estações, o crescimento do milho, e a vida dos seres humanos. Eles eram necessários para assegurar a existência dos deuses, repondo seu consumo periódico de bioenergia.
Segundo o pensamento dos povos pós-colombianos os sacrifícios humanos servem para... para... para mostrar que temos mais PODER que o outro... é... é pra isso, acho que é pra isso.
E apesar disso, nós continuamos. O poema publicado hoje, aqui no Mirtu's Blog, é carregado de possíveis interpretações. O Rock & Roll viaja através de diversos temas, tornando-o um estilo musical completo, em que é frequente encontrar as mais significativas expressões do ser humano, com abordagens políticas, sócio-econômicas, filosóficas, históricas, etc. Em uma viagem musical Jucks escreveu o poema "Armas e Mentiras", acho que vale a pena conhecê-lo e imaginá-lo como uma canção.
Então...
Armas e Mentiras
Pegue suas armas,
atire, mas não minta pra mim.
Mostre-me o quanto
você pode ser forte.
Esta vida está cheia de heróis,
e não quero ser mais um
morto por um covarde sem glória.
Nascemos e fomos criados,
somos irmãos.
Mas às vezes há sangue em nossas mãos,
sangue de nossos próprios irmãos.
Merecemos uma chance;
de seguir um caminho,
de entender a nós mesmos.
Esta vida está cheia de heróis,
e nós somos cada um.
Não devemos morrer por homens sem glória.
Temos que entender
e viver para aprender,
quão bom nós podemos ser.
Nascemos e fomos criados,
somos irmãos.
Mas às vezes há sangue em nossas mãos,
sangue de nossos próprios irmãos.
Pegue suas armas,
atire, mas você sabe que não vai durar.
Ninguém dura o bastante
para agüentar todas as mentiras desta vida.
Pegue suas armas,
atire, e no final talvez,
o sangue que escorre de suas mãos
não seja o de nossos irmãos.
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