segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fazendo parte da legião...

Hoje é segunda-feira, acredito que um dia difícil de engrenar no calendário de qualquer pessoa, mas ele se apresenta a cada sete dias, então não tem como fugir, basta apenas tentar vivê-lo da melhor forma possível.

Para começarmos bem a semana, vou: fazer uma homenagem a uma banda nacional, transcrever um pequeno texto que um amigo me enviou, escrever pouca coisa e publicar um poema curto enviado por Jucks, talvez não nessa ordem, ou talvez sim.

Para homenagear esta banda nacional que adoro, é preciso contextualizar. O ano era 1986, quando se noticiou, com grande estardalhaço, a passagem do cometa Halley pela órbita da Terra, e que seria um fenômeno de rara beleza pela grande luminosidade que produziria no céu. Outro fato largamente explorado era que o fenômeno só ocorria a cada 76 anos, pelo que, só voltaria a acontecer no ano de 2061. Despertando assim em todas as pessoas, um grande interesse em acompanhar as notícias sobre o cometa. Com agendamento de mês, dia e hora de sua passagem, a fim de que ninguém pudesse perder a oportunidade de ver o grandioso espetáculo. Alguns estudiosos chegaram a dizer até, que o cometa Halley poderia ter sido a estrela que guiou os três Reis Magos para o local do nascimento de Cristo.

Foram lançados diversos produtos em referência ao cometa: revistas, bonecos, disco de vinil com a trilha sonora para passagem do cometa, etc.

E naquele ano, ganhei de presente o disco de vinil "A era dos Halley", que possuía as seguintes canções:

1. Kruel - TIM MAIA
2. Halleyfante - ROUPA NOVA
3. Torre de Babel - BARÃO VERMELHO
4. Que Delicia (tema de Halleylujah) - BABY CONSUELO
5. Canção dos Planetas - SEMPRE LIVRE
6. O Senhor da Guerra - LEGIÃO URBANA
7. Luz de Mim - ROSANA E GUILHERME LAMOUNIER
8. Planeta Morto - TITÃS
9. Anos Luz de Amor (tema de Halley e Halleyxandra) - SÉRGIO DIAS
10. Halleyzinha - TXÃ
11. Planeta Coração - GABRIELA
12. Cometa Halley - FAMÍLIA HALLEY

Foi o primeiro contato que tive com a "Legião Urbana", e o início de uma história que se tornaria uma paixão em 1992. Ano que a banda lançou sua primeira coletânea de músicas, no álbum "Música para Acampamento", reunindo gravações ao vivo feitas para programas de rádio e televisão, entre 1986 e 1992; no qual constava, agora com outro nome, uma música do meu vinil do cometa Halley: "A Canção do Senhor da Guerra".

Essa banda marcou minha infância, minha adolescência e continua marcando meus momentos neste planeta azul. Sendo assim nada melhor do que contemplar a poesia de Renato Russo:

Vinte e Nove

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você

(Já que você não me quer mais.)

Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove, com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.

Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.

(E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez.)

Hoje também, um amigo Galáctico me enviou o seguinte texto:

"Ao darmos a alguém todo o nosso amor nunca temos a certeza de que iremos receber este amor de volta. Não ame esperando algo em troca espere apenas que este sentimento cresça no coração de quem você ama. E se isto não acontecer, esteja feliz por este sentimento estar crescendo no seu coração. É preciso apenas um minuto para se apaixonar por alguém, uma hora para gostar de alguém, e um dia para amar alguém, mas se leva uma vida inteira para esquecer alguém especial."

E os poemas "... vão se publicando através das emoções de cada dia, através das perturbações na rotina ..."

A força de continuar

Eu quero entender.
Eu vou me superar.
Não quero estar
em outro lugar.
Eu vou ficar
e vou lutar.
Até o momento
que minha vida
esteja pra acabar.
Às vezes estes olhos
ameaçam se fechar,
mas existe uma força
me empurrando,
me fazendo continuar.
E é esta força
que reside neste coração
há mais tempo
que se possa imaginar,
que tem me feito
acordar toda manhã
e lutar para engrandecer
tudo o que sou,
me dando força para continuar,
para continuar a amar.
Essa força é
Amor.

Um comentário:

  1. Olá legionário!
    Que bom é a poesia, simplesmente, que bom!
    Mesmo que vez ou outra não entendamos bem, somente sua música, por si só, já nos leva a... Não sei, talvez a pegar carona na cauda do Halley, ao frio sombrio da lua, à guerra de marte ou à sexualidade de Vênus.
    Quando vi na sua estante aquele cd em tons pastéis, com um nome forte "Legião Urbana" e intitulado "Dois", percebi na hora que havia algo diferente pulsando.
    Sem pedir autorização coloquei o disco reluzente no aparelho e viajei. Mesmo sem entender a profundidade daquelas palavras, segui viajando.
    Fui de “Daniel na cova dos leões” à “Índios” e voltei. Achei Eduardo um babaca e a Mônica a mulher maravilha. Percebi que assim como o eu de “Tempo perdido” eu também acordo sem o tempo que passou. Vi meu pai se arrependendo pelo ouro que entregou aos falsos amigos...
    E no final, fiquei triste. Fui tomado por um sentimento inconsolável... Fiquei sabendo que nunca iria poder ver essa banda maravilhosa pessoalmente, nunca olharia nos olhos daquele poeta...
    Mas quase que ao mesmo tempo o Renato sussurrou no meu ouvido: Temos nosso próprio tempo, temos nosso próprio tempo...
    Foi intenso, foi mágico, foi pra sempre.
    As palavras daquele maluco se fundiram em meu cérebro e guiaram muitos dos meus passos.
    Vinte e nove anjos me saudaram e tive vinte e nove amigos outra vez...

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